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Artigos Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015, 10:13 - A | A

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Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015, 10h:13 - A | A

Vocação, política e poesia

Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”

JOÃO EDISOM

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João Edisom

 

Política é a ciência da governança de um Estado ou Nação e também uma arte de negociação para compatibilizar interesses. O termo tem origem no grego politiká, uma derivação de polis, que designa aquilo que é público. O significado de política é muito abrangente e está, em geral, relacionado com aquilo que diz respeito ao espaço público.

 

Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. É uma inclinação, uma tendência ou habilidade que leva o indivíduo a exercer uma determinada carreira ou profissão. Vocação é uma competência que estimula as pessoas para a prática de atividades  que estão associadas aos seus desejos de seguir determinado caminho.

 

Por extensão, vocação é um talento, uma aptidão natural, um pendor, uma capacidade específica para executar algo que vai lhe dar prazer.

 

A poesia, ou texto lírico, é uma das sete artes tradicionais pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo em que tudo pode acontecer, dependendo da imaginação tanto do autor quanto do leitor. Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas: a arte que a ensina e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra é o poema e o poeta é o artífice.

 

Max Weber, intelectual, jurista e economista alemão, considerado um dos fundadores da sociologia, afirmava que “somente quem tem a vocação da política terá certeza de não desmoronar quando o mundo, do seu ponto de vista, for demasiado estúpido ou demasiado mesquinho para o que ele deseja oferecer. Somente quem, frente a todas as dificuldades, pode dizer "Apesar de tudo!" tem a vocação para a política”.

 

Quando olhamos para a política brasileira e para os políticos brasileiros enxergamos o quanto este espaço está ocupado por pessoas que sequer conhecem, acreditam ou têm interesses públicos para exercer os cargos para o qual foram indicados ou eleitos. A pergunta é: por que estão lá então?

 

São pessoas que estão lá por interesses próprios ou de grupos, jamais interesses políticos ou públicos. Não possuem vocação e muito menos a poesia necessária para exercer o cargo. Sendo assim, receber um alto salário e beneficiar quem os beneficia torna-se o objetivo de sua carreira.

 

Nosso problema está em quem está exercendo os cargos públicos, nos interesses que os movem. Não são vocacionados para isso; nasceram para ser empresários, médicos, advogados, dentistas e etc. O espaço vago, que é de grandes interesses capitais, os conduzem ao exercício político sem a vocação e sem poesia. Levar vantagem e se dar bem fica a frente de fazer política.

 

Políticos podem e devem ter profissão. O que não podem é não ter vocação política e ocupar cargos públicos, eleitos ou não, pois se utilizará das prerrogativas do cargo para benefício próprio. Mensalão, sanguessugas, petrolão e os lava jato não são fruto de políticos na sua essência e sim de pessoas que estão usando a política para usos escusos e de interesses nada republicanos.

 

Político que é político precisa de uma “ideologia para viver” com vocação e poesia e não de conforto e bons salários.

 

 

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin, pensador e anarquista russo afirmava que “o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Essa minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e pôr-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo”.

 

 

Qualquer semelhança com a realidade brasileira é mera coincidência.

 

 

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 12/08/2015

No programa do Raul Gil foi entrevistado o Juca Chaves, que mostrou a necessidade de dar o salário, que os políticos recebem atualmente, para OS PROFESSORES; e passar o salário dos Professores para os políticos. Ótima idéia! Existe profissão mais nobre do que a de um professor; esse merece ganhar bem, pois forma gerações e mais gerações...enquanto o político é passageiro, às vezes ganha só um mandato, e perde na próxima eleição. Para mudar o Brasil, teria que fazer essa inversão proposta pelo Juca Chaves. Um político ganhando só uns míseros Mil reais e alguma coisa, daria mais valor; já o Professor ganhando o salário do político, poderia se aperfeiçoar mais, ensinar melhor, etc.

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