Domingo, 05 de Maio de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,07
euro R$ 5,46
libra R$ 5,46

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,07
euro R$ 5,46
libra R$ 5,46

Artigos Segunda-feira, 10 de Agosto de 2015, 08:29 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Segunda-feira, 10 de Agosto de 2015, 08h:29 - A | A

Troca-troca de partidos

No Brasil, existem muitos partidos para poucos líderes e ideologias em excesso

WILSON FUÁ

Arquivo pessoal

Wilson Carlos Fuá

 

Nos termos do Art. 17 da Carta Magna, é livre a criação, incorporação, fusão, e extinção de partidos políticos e não há como disputar um cargo eleitoral, se o candidato não for filiado a um partido.  No Brasil, existem muitos partidos para  poucos líderes e  ideologias em excesso, o que se vê, são ferros velhos de partidos, carcaças partidárias e destroços ideológicos espalhados pelo Brasil afora.   

          

Vejam que até os políticos não sabem qual a sua ideologia propriamente dita, pois só após eleger-se, é que descobre que está em partido errado, e por isso criaram a janela e portas para sair quando quiser. E usando essa tal janela, o sentido da ideologia partidária está sendo jogado no lixo da história política do país, e aquele velho conceito que os políticos antigos e os velhos filiados tinham no coração sobre o seu partido, pois a  escolha de um partido era pelo entendimento que aquele partido seria o seu, pelo conjunto de ideias ou reunião de pessoas com o mesmo pensamento que se agrupam legalmente para congregar através das ações políticas, econômicas e sociais.

 

 

São  lideres com desejos individuais e próprios, que  ao sentir a falta de espaço e a incapacidade de congregar com as pessoas com idéias conflitantes ao seu crescimento individual ou suas reeleições, criam novos partidos,  que reúnem os “descontentes” e os “contrariados” girando em torno desse novo partido que ele  podem chamar de “só meu”.   

 

O partido político era escolhido para sempre, como time de Futebol, ninguém virava casaca, quem é Vasco jamais um dia torcerá pelo Flamengo, mas para os políticos, os partidos são usados como roupa que sai de moda, e após a eleição os partidos são jogados no esquecimento.  Quando se aproxima as eleições, começa a esperteza em forma de coligações e a expectativa em retorno nas eleições futuras, faz com que o troca-troca seja intensificado e com isso faz com que cresça o número de partidos coadjuvantes e as ideologias se misturam. São tantas ideologias e para poucos líderes, e com a esperteza e gosto pela permanência no poder, faz como que nasçam vários partidos a cada ano, não pela necessidade de diversificar os diferenciais conflitantes no plano das idéias sobre  política, sistema econômico e divergência de  classes em busca de um sistema social possível, mas sim pelo espaço nas próximas eleições.   

         

Para que um regime democrático possa funcionar, necessariamente tem que existir: o voto, que é exercido pelos eleitores, mesmo que seja em forma de escolha obrigatória e os partidos políticos que congregam a mesma opinião e idéias dos seus filiados.

 

 

A história recente registra,  estruturas partidárias dominadas por aproveitadores, que de forma legal oferecem as siglas  como “barriga de aluguel”  e o mercadão do caixa 2 é financiado  pela venda de horário político, em nome do retorno futuro. Os princípios partidários que vislumbram  os  objetivos comuns e coletivos, na verdade ficam apenas inscritos nas letras mortas dos velhos estatutos partidários que estão esquecidos nos fundos dos empoeirados armários partidários.

 

 

E o troca-troca virou morda e está garantida pela janela.

 

*WILSON CARLOS FUÁH – é economista, especialista em recursos humanos e relações sociais e políticas.

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros