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Artigos Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015, 14:40 - A | A

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Quarta-feira, 12 de Agosto de 2015, 14h:40 - A | A

MT: o povo clama por avanços II

Mas, é bom que se diga sempre, sem as prejudiciais interferências por leigos, mesmo que imbuídos da maior boa intenção

DOMINGOS SÁVIO BRUNO

Arquivo pessoal

Domingos Savio Bruno

 

Conforme comentado no artigo anterior, desde 2005 o estado de Mato Grosso vem enfrentando dificuldades em resolver situações de licenciamentos ambientais e dos planos de manejos florestais, que muito podem oferecer condições de melhoria de vida para toda região de floresta com a fixação de trabalhadores rurais no campo e fortalecendo a economia dos municípios com florestas.


O setor florestal é promissor se bem administrado. Promove a sustentabilidade, gerando emprego e renda. Possibilita a fixação de muita mão de obra no campo, provocando melhorias para a região com manutenção nas estradas e pontes nas áreas rurais. Proporciona a chegada de escolas e atendimento básico de saúde às regiões mais longínquas. E ainda, ao se fazer exploração florestal de modo ordenado, promove melhoramento na floresta, pois com a exploração seletiva através de manejo florestal, abre espaço entre plantas, dando condições de mais entrada de luz nos locais explorados, disponibilizando mais nutrientes, umidade e reduzindo competições desproporcionais. E assim, favorecendo crescimento de indivíduos mais seletos, que por hora estivesse dominados e sufocados, o que facilita ainda o melhoramento florestal induzido. Permitindo que essências desenvolverem e garantirem uma produção florestal "ad eternum". 

 

E ainda, “floresta manejada jamais será queimada”. Ora, o setor de base florestal necessita da floresta em pé para sua continuidade. Pois a indústria sobrevive de matéria-prima florestal.


Mas e os entraves existentes, seria má vontade dos gestores? Má vontade não pode ser. Nem perseguições a segmentos. Excesso de zelo? Não. Mas então o que tem levado a esse marasmo? Difícil mesmo essa resposta. Há pelo menos uma década que se buscam elucidar e decifrar esse enigma no caso do setor florestal. 

 

Como um estado rico em florestas, usa tão pouco do seu potencial e permite que grande parte da sua população sobreviva na pobreza e na dificuldade? Contradição!

 

Contradição! Ora, se tem uma legislação bem elaborada e bem rebuscada e, pelo que parece, tem um tratamento mediano por pessoas sem devida qualificação, que deixam empresários e profissionais qualificados em dificuldades e insegurança jurídica, e toda uma região clamando por solução e passando por dificuldades.

 

Ora, pois, como pode uma região tão rica e com tantas perspectivas de produção e de evolução dentro de um estado que se esbanja riquezas agrícolas e grandes potencial de desenvolvimento rural sustentável, permitir que se desperdicem tanta matéria-prima florestal, que literalmente, hoje, esta servindo apenas de comida para cupins, enquanto pessoas se privam do seu sustento por efeitos nefastos de dificuldades na interpretação de legislação ou por imposições de quem desconhece o assunto, mas que pesa a mão sobre tudo? Absurdo! Mais contradição em Mato Grosso, o rico estado de pobres!


Mato Grosso tem grande potencial florestal que é e está subutilizado e que tem o dever de rever seus conceitos para que seja bem aproveitado e explorado esse potencial, de forma a reverter em benefícios concretos para populações da região florestal do estado. Ou seja, mais de 60% das nossas florestas ainda estão em pé e podem produzir de forma sustentável com condução e ordenamento florestal, feito por profissionais qualificados e habilitados. 

 

Mas, é bom que se diga sempre, sem as prejudiciais interferências por leigos, mesmo que imbuídos da maior boa intenção. 


Pois bem, todas essas intervenções que houve até hoje, o que bem parece que mais prejudicou o setor, o estado do que serviu para beneficiar ou proteger de fato, o meio ambiente. Prova disso é depósito abarrotado de madeiras apreendidas, que ficam indefinidamente sem definição da sua destinação e sem um armazenamento adequado, que muitas vezes permitem que madeiras extremamente bem trabalhadas, peças caras mesmo, fiquem depositadas a céu aberto, e pelo que parece destinadas ao perdimento. Pois bem, parece não haver argumentos que sirvam de remédio.

 

Uma extravagância, inconcebível nos dias de hoje! Mas, isso é assunto para outro artigo. 

 

Ora. Órgãos como a SEMA, dada a sua grande importância, para fomentar e monitorar o meio ambiente e o efeito do desenvolvimento e a conservação do meio ambiente saudável, quando assume o seu papel, trabalhando bem a sua agenda desenvolvimentista e, assumindo com qualidade o seu compromisso, pode com autonomia e dinamismo solucionar processos dos empreendimentos que geram empregos e renda, e certamente promovem desenvolvimento para todos, através da viabilização real da sustentabilidade. O potencial da floresta em Mato Grosso é indiscutível. É promissor mesmo, desde que bem trabalhado. E pode ser explorado indefinidamente através do manejo florestal sustentável.

 

A sustentabilidade é a palavra da moda, mas poucos na realidade sabem do que se trata. Pelo menos não demonstram estarem preparados. E neste momento mostra o resultado desse fato, no tratamento dado ao setor de base florestal, por algumas autoridades que detém o poder de decisão, e o fazem da maneira mais dificultosa que já se notou neste estado, levando-o a um negativismo desnecessário.


A SEMA é um órgão do executivo e que deve funcionar como tal, livre de quaisquer entraves.

 

É preciso uma liderança respaldada politicamente, com conhecimento de causa, com habilitação e competência técnica, no exercício de cargos deliberativos do executivo, do judiciário, mesmo que sejam por indicação política. Isso também é saudável para um ambiente democrático. E também, precisa ter é boa vontade desses poderes em se resolver as questões demandadas e expostas. É o que se espera de um governo eleito pelo povo e para o povo, e com uma significativa vantagem numérica de votos.


A Assembléia Legislativa tem hoje demonstrado interesse pelas questões florestais e desse setor. Mas mesmo assim, o tópico continua sendo subestimado no geral. 

 

É necessária a redução do emaranhado da legislação que engessa, estrangula e emperra o desenvolvimento do estado, e que cria gargalos cada vez mais estreitos para diversos setores!Mas para tanto, há que pensar sobre a qualificação dos seus atores envolvidos. Se estes são realmente capazes, livres de preconceitos, para fazer funcionar os setores a que se dignam comandar. Se realmente possuem perfil, capacidade de relacionamento, conhecimento, disposição, disponibilidade de tempo para pensar e boa vontade para desempenhar o papel de mediador do progresso.

 

Ora. Alguém do executivo precisa se empenhar disso e logo. Já se passaram mais que seis meses, e nada realmente aconteceu que pudesse causar euforia ou bom ânimo nessa gente. Há que se promover avanços, isso é fato! Claro que esse alguém deve ser o governador. Pois, ao resolver conflitos que promovem interpretações distorcidas de normas e leis, vai promover a otimização da dinâmica do governo, que atualmente é lenta ainda, e parece deixar os atores em situação de inércia. Daí, certamente que o estado poderá voltar a sorrir. Ora, o povo clama por avanços!

 

*DOMINGOS SÁVIO BRUNO é engenheiro florestal.

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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