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Artigos Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 14:45 - A | A

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Sexta-feira, 06 de Junho de 2025, 14h:45 - A | A

GABRIEL SCARPELLINI

A comunicação não salva quando o produto é ruim

GABRIEL SCARPELLINI

No universo do marketing existe uma verdade fundamental que muitos gestores teimam em ignorar: nenhuma estratégia de comunicação, por mais sofisticada que seja, consegue vender um produto intrinsecamente defeituoso. No marketing político a premissa também é válida.

No atual cenário político brasileiro, estamos diante de um case emblemático de tentativa de maquiagem de uma gestão que apresenta falhas estruturais profundas.

A análise comportamental dos eleitores e a dinâmica das pesquisas de opinião revelam um diagnóstico preciso: o governo Lula se comporta como um produto com defeitos de fabricação que tenta disfarçar suas inconsistências através de constantes reposicionamentos de marketing.

A Ilusão da Troca de Embalagem
Trocar ministros, contratar novas agências de publicidade ou reformular equipes de comunicação é o equivalente a mudar a embalagem de um produto defeituoso. O  eleitor não se engana tão facilmente mais, afinal, a descentralização da informação ajuda nisso.. A essência permanece a mesma: um governo com sérios problemas de concepção e execução.

Os números são implacáveis: 57% de rejeição não se resolve com uma nova campanha publicitária ou com a substituição de porta-vozes. Essa taxa representa um juízo crítico sobre a performance real do governo, suas entregas e sua capacidade de gestão.

Analogia Mercadológica: Governo como Produto
Se analisássemos o governo como um produto no mercado, veríamos claramente seus pontos críticos:

1. Especificações Técnicas Comprometidas

a. Fraudes no INSS

b. Prejuízos nos Correios (R$ 17 bilhões no primeiro trimestre)

c. Congelamento orçamentário de R$ 31,3 bilhões

2. Funcionalidades com Defeito 

a. Inflação acima da meta

b. Perda do poder aquisitivo

c. Medidas econômicas impopulares

3. Garantia Questionável

a. Promessas não cumpridas

b. Instabilidade ministerial

c. Comunicação errática

Por que a Comunicação Sozinha Não ResolveUm princípio básico do marketing é que comunicação amplifica a percepção, mas não transforma a realidade. Se o produto é ruim, a melhor campanha publicitária apenas acelerará sua rejeição.

No caso do atual governo, a tentativa de reposicionar a imagem através de trocas ministeriais ou contratação de novas agências seria equivalente a tentar vender um smartphone com bateria que explode, apenas mudando o design da embalagem.

Estratégia de Sobrevivência Política
Para reverter esse quadro, são necessárias ações estruturais:1. Revisão profunda dos processos internos2. Realinhamento das políticas econômicas3. Combate efetivo à corrupção4. Recuperação da credibilidade institucional

Produto, Não Propaganda
O marketing político moderno exige muito mais que comunicação. Requer um produto governamental sólido, com entregas concretas, transparência e conexão real com as demandas da população.

A sociedade brasileira evoluiu. Os eleitores são hoje consumidores políticos sofisticados, que não se contentam com narrativas, mas exigem resultados. Uma campanha publicitária brilhante não conseguirá esconder indefinidamente as falhas estruturais de uma gestão.

O governo precisa entender que não está vendendo um conceito, mas governando um país. E nesse mercado competitivo chamado democracia, apenas produtos de qualidade conquistam a lealdade do consumidor.

A comunicação deve ser o alto-falante da competência, não a muleta da incompetência.

(*) GABRIEL SCARPELLINI é membro fundador da Alcateia Política, é publicitário e especialista em Marketing Político e Comunicação Governamental pelo IDP. Sócio da GAS 360, agência de publicidade, e atua também como consultor em marketing político

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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