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AgroHiper Segunda-feira, 26 de Março de 2018, 16:56 - A | A

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Segunda-feira, 26 de Março de 2018, 16h:56 - A | A

MESMO COM GARGALOS

Piscicultura em expansão não só em MT, mas no país

DA REDAÇÃO

Rafael Manzutti/Senar-MT

Psicultura

 Mato Grosso é o quarto maior produtor de peixes do Brasil

De acordo com o último levantamento feito pela Associação Brasileira de Piscicultura (Peixe BR), Mato Grosso é o 4º produtor nacional de peixes. A Associação mostra ainda que há cerca de 1.200 produtores atuando na atividade em 3.200 hectares de lâminas de água. Apesar de o Estado ser avaliado com alto potencial para a atividade, em razão do clima, da extensão territorial e da diversidade de espécies nativas, a maior dificuldade enfrentada pelos produtores é a comercialização do produto.


Atualmente, a maior expectativa se concentra na construção de um frigorífico localizado no município de Selvíria (MS). A previsão de conclusão é para 2019. A expectativa é de construir 500 hectares de lâminas de água e ter a capacidade de processar mais de 10 mil toneladas de peixe ao ano. Em maio de 2017, a empresa recebeu aprovação da outorga do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para explorar o potencial hídrico da região por 30 anos com foco na produção de tilápias.

 

Apesar de o frigorífico estar em Mato Grosso do Sul, os piscicultores de Mato Grosso também seriam beneficiados. De acordo com o piscicultor, João de Arruda Souza Filho, o abate e a comercialização são “gargalos” que preocupam os produtores. “A inauguração deste frigorífico seria bom para nós produtores mato-grossenses”.


Mas a novidade de 2018 foi que no início do ano foi sancionada a lei 10.669, que entre outras alterações na legislação atual, autorizou a produção de peixes exóticos em sistemas de tanque rede. É importante lembrar que antes era autorizado apenas em viveiros escavados. Essa alteração vai proporcionar, em pouco tempo, um aumento considerável na produção de peixe em Mato Grosso.


Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), a piscicultura em tanque rede é o sistema de produção de proteína de origem animal mais eficaz e menos poluente entre todos os outros já analisados. Dados revelam que com apenas 1,5kg de ração se produz 1,0 kg de carne, enquanto que para a produção de carne bovina essa relação pode chegar a 8,0 kg de ração para o mesmo 1,0 kg de carne.


A piscicultura também dá oportunidade para que pequenos e médios produtores possam ingressar na atividade, haja vista que o investimento inicial é menor se comparado com os outros sistemas de produção de carne animal. É preciso salientar, no entanto, que assim como qualquer outra atividade do agronegócio, a piscicultura exige acompanhamento técnico especializado para implantação e principalmente no decorrer do processo produtivo. Além disso, também necessita de mão de obra qualificada para atuar na área.


Para atender a necessidade de mão de obra capacitada da cadeia produtiva da piscicultura, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso oferece diversos treinamentos. Dentre eles, um de construção de viveiros escavados, tanques – redes e monitoramento da água, piscicultura, planejamento e desenvolvimento da piscicultura. Além destes, o SENAR-MT, em parceria com os sindicatos rurais, também oferece um treinamento de 40 horas de Transformação caseira de produtos de origem animal em embutidos, defumados e beneficiamento e conservação do pescado.


Com relação ao mercado, segundo dados da FAO/ONU, o consumo de peixe do brasileiro é inferior a 10kg/hab/ano, mesmo patamar mundial da década de 60. De 2014 para cá, a média mundial variou entre 20kg/per capita/ano. O Brasil produziu 640.000 toneladas e importou outras 450 mil toneladas em 2016, segundo a Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) para atender o mercado interno, considerando o consumo atual de peixes no País.


Mato Grosso mais uma vez mostra o seu potencial de grande produtor de alimentos com atributos para aumentar a sua produção com competitividade, pois a ração participa com 70% do custo de produção e a principal matéria prima para fabricá-la é o farelo de soja, arroz, caroço de algodão e DDG de milho que Mato Grosso tem em abundância e com preços competitivos. 
 
Brasil

 

A piscicultura brasileira produziu 697 mil toneladas de peixes de cultivo em 2017. Esse resultado é 8% superior ao de 2016 (640.510 t). A informação é da Associação Brasileira da Piscicultura (PEIXE BR) e faz parte do Anuário da Piscicultura Brasileira – edição 2018 publicado recentemente. A tilápia é a mais importante espécie de peixes cultivados do Brasil. Segundo levantamento inédito da Associação Brasileira da Piscicultura, a espécie representa 51,7% da Piscicultura nacional, com 357.639 toneladas em 2017.


A segunda posição não é de uma espécie em si, mas de uma categoria de peixes: os nativos. De acordo com a pesquisa da PEIXE BR, liderados pelo tambaqui os nativos representam 43,7% da produção brasileira: 302.235 toneladas. Outras espécies, entre as quais destacam-se Carpas e Trutas, representam 4,6% da produção brasileira de peixes de cultivo em 2017, com 31.825 toneladas. A pesquisa da PEIXE BR em todo o Brasil mostra, pela primeira vez, os números da tilápia no país, comprovando sua viabilidade em termos produtivos e como negócio, já que a espécie está presente nos maiores e mais recentes empreendimentos, sobretudo na região Sul/Sudeste. (Blog Senar-MT)

 

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