O presidente da Associação Mato-grossense do Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD), registrou uma declaração pública em cartório alegando que nunca recebeu qualquer "proposta indecorosa", pelo membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE).
Alan Cosme/HiperNoticias
Fraga relata que enquanto exerceu a função de prefeito do município de Nortelândia, nenhum conselheiros cobrou algo para que as contas do gestor fossem aprovadas.
O presidente da AMM também diz que sempre teve uma relação republicana com o TCE, já que a Corte de Contas é a responsável pelas apreciações das contas das prefeituras mato-grossenses. "Frequentemente estou em contato com os conselheiros do TCE, e jamais recebi qualquer proposta que não fosse republicana e também, nunca fui informado pelos prefeitos, que os mesmos tivessem recebido.", diz outro trecho da declaração.
O documento, assinado e registrado por Neurilan, será anexado na defesa dos cinco conselheiros afastados pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no dia 14 de setembro, durante a 12ª fase da Operação Ararath, denominada "Malebolge".
O governador Pedro Taques (PSDB) também saiu em defesa dos conselheiros do TCE, durante uma reunião com a nova composição da Corte de Contas com conselheiros substitutos. Taques afirmou que nunca foi achacado por membros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) durante seus quase três anos de mandato.
A declaração foi dada logo após Taques receber a visita de cortesia do presidente em exercício do TCE, Campos Neto, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.
“Sou governador há dois anos e nove meses e, durante esse período, nunca recebi qualquer pedido não republicano do Tribunal de Contas. (...) Nenhum conselheiro me pediu qualquer coisa que não seja republicana”, afirmou o tucano.
Os conselheiros do TCE foram acusados pelo ex-governador de terem recebido R$ 53 milhões em troca da autorização da Corte de Contas para o governo dar continuidade nas obras da Copa do Mundo e da aprovação das contas do último ano de governo de Silval Barbosa. Dentre os conselheiros que foram citados por Silval estão o ex-deputado Sérgio Ricardo (já afastado) e José Carlos Novelli, Antonio Joaquim, Valter Albano e Waldir Teis.
Com o afastamento dos conselheiros citados na delação de Silval Barbosa, a Corte de Contas será comandada pelo conselheiro Gonçalo Domingo de Campos Neto. A ação faz parte da Operação Malebolge, 12ª da Operação Ararath, que cumpriu mandados de busca e apreensão em 64 endereços, de 11 cidades, sendo nove em Mato Grosso, e outros em Brasília e São Paulo.
Reprodução
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