Maluf confirma saída da Mesa e critica aprovação em lote de medidas do Governo

O deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB) confirmou que não disputará mais a Mesa Diretora da Assembleia Legislativa (ALMT). O parlamentar também comentou o envio do pacote de medidas à Casa, feita pelo governador Mauro Mendes (DEM) e não descartou um possível futuro no Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Alan Cosme/HiperNoticias

 

No entanto, Maluf, em entrevista à rádio Capital na manhã desta quinta-feira (24), afirma que uma possível indicação para uma cadeira na corte de contas não foi incluída na negociação para que ele retirasse o nome da disputa. O parlamentar vê como natural postular a ida ao TCE, mas destacou que a vaga sequer existe.

“Não sou apenas eu. É natural que o deputado chegue lá pelo quarto mandato e pense desta forma. Não teve barganha ou negociata, até porque a vaga não existe e está sub júdice. Quando ela for deixada livre, aí sim farei uma avaliação se me enquadro nisso ou não”, afirmou.

Guilherme Maluf defendeu uma oxigenação na Mesa Diretora, com novas pessoas assumindo cargos, inclusive com deputados que foram eleitos para a próxima legislatura, que se inicia no dia 1º de fevereiro. O parlamentar afirmou que pretende fazer um mandato diferente nos próximos quatro anos.

“Já presidi a ALMT e fui Primeiro Secretário. Acredito que é necessária uma oxigenação na Mesa Diretora com novas pessoas ocupando cargos de direção. Prefiro não ficar e vou fazer uma legislatura um pouco diferente, mas fora desta gestão da Casa. Quero até aprender com estes novos deputados que estão entrando. Será uma nova fase na política, para mim”, disse.

O deputado estadual também comentou sobre os projetos enviados à ALMT pelo governador Mauro Mendes. Entre as medidas, estão alterações na legislação da Revisão Geral Anual (RGA), mudanças no Fethab, Lei de Responsabilidade Fiscal, reformas no MT Prev e uma reforma administrativa no Executivo. Guilherme afirma que o envio em pacotes gerou um desgaste aos parlamentares.

“Colocar tudo num pacotão para esta legislatura aprovar está levando a um confronto que não sabemos a dimensão que irá ter. Vou ajudar o governador na reforma administrativa, RGA e Fethab, mas prefiro discutir um pouco mais a Lei de Responsabilidade Fiscal e a reforma da previdência. Não dá para colocar tudo num pacote só. Estou preocupado com essa generalização. Tem que ter mais diálogo. Esse enfrentamento já está trazendo problemas”, completou.

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