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Cidades Terça-feira, 30 de Abril de 2024, 10:21 - A | A

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Terça-feira, 30 de Abril de 2024, 10h:21 - A | A

POR ERRO NA LISTA DA INTERPOL

"Um sonho que virou tragédia", relata cuiabana que ficou presa por 7 dias em Paris

Elizabeth Campos havia passado um período na Irlanda e tinha viajado para França no dia 20 de abril, onde pretendia passar dois dias para visitar amigos da igreja

JOLISMAR BRUNO
Da Redação

A cuiabana Elizabeth Campos Cardoso, de 55 anos, contou que seu sonho virou um pesadelo depois de ficar sete dias presa pela imigração francesa, em Paris, depois de acusada de integrar a lista de criminosos pela Organização Internacional de Polícia Crimininal (Interpol). Ela foi presa no dia 20 de abril e desembarcou no Aeroporto Internacional Marechal Rondon neste domingo (27). Em entrevista à TV, ela relatou os "momentos terríveis" que viveu entre os dias que ficou presa, a violência dos policiais da Interpol e o descaso do consulado brasileiro em prestar auxílio para ela. 

"Espero que as autoridades façam alguma coisa. Era um sonho meu que virou uma tragédia. O pesadelo que vivi não desejo para ninguém. Que esse consulado [brasileiro] faça o devido trabalho dele. Estão falando que prestaram atendimento, mas em nenhum momento [prestaram ajuda]. Eles são extremamente grossos. Minha família fazia contato e eles não se identificavam de forma alguma. Desligaram o telefone na minha cara três vezes, na cara da minha família. Não fizeram nada, quem fez foi minha família", contou em entrevista ao programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, na manhã desta terça-feira (30). 

LEIA MAIS: Polícia da França "prende" cuiabana na imigração acusada de fraudar passaporte

Elizabeth havia passado um período na Irlanda e tinha viajado para França no dia 20 de abril, onde pretendia passar dois dias para visitar amigos da igreja. Ao desembarcar no Aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, ela foi barrada por policiais que alegavam que o nome dela estaria na lista da Interpol. Integrar a lista da organização de segurança mundial significa estar entre os criminosos mais procurados do mundo. 

"Foi extremamente terrível o que eu vivi naquele lugar. Não desejo para ninguém o que aqueles policiais fizeram comigo. Não consigo esquecer tudo que vivi e sofri. Eles são extremamente agressivos. Só não me bateram, mas me agrediram psicologicamente", contou, aos prantos, na entrevista. 

"MOMENTOS TERRÍVEIS"

Elizabeth foi detida no aeroporto e depois encaminhada para um hotel da Cruz Vermelha, que ela classificou como "ambiente totalmente insalubre". No local, existia apenas um celular que poderia ser usado por tempo determinado, momento em que ela conseguiu falar com os familiares aqui no Brasil e da Irlanda e explicar o que estava acontecendo. 

"Passei pela imigração de Paris e fui abordada com a acusação que eu estava usando passaporte roubado. Meu próprio passaporte, onde ele nunca saiu da minha mão. Imediatamente, fui encaminhada para a sala dos policiais que são extremamente grossos, agressões psicológicas a todo tempo. Fui muito maltradada", contou. 

"Não falo francês e trouxeram uma tradutora portuguesa, mas que entendia um pouco e consegui me comunicar um pouquinho. Foi revistada todas as minhas bagagens (sic). Foi uma vergonha muito grande que nunca imaginei passar na minha vida, um constragimento terrível. Me colocaram em uma sala muito gelada e fiquei por 9h presa sem comunicação com minha família. Minha família aqui fora sem saber o que estava acotecendo, sem conseguir comunicar comigo. Para conseguir ir no banheiro, tiha que implorar e pedir pelo amor de Deus. Momentos terríveis que nunca imaginei passar em minha vida", completou Elizabeth. 

Durante os sete dias em que ficou presa, Elizabeth afirma que ela e a família tentavam contato com o consulado brasileiro para prestar auxílio a ela. Apenas no quinto dia que esteve presa, um funcionário do Ministério das Relações Exteriores entrou em contato avisando de uma audiência que iria ocorrer, mas que "não resolveu em nada", acrescentou. 

"Foi um erro deles [imigração francesa] que nunca irão assumir. Colocaram o número do meu passaporte errado no sistema da Interpol e eu caí nessa situação sem dever nada. Não tinha fundamento, era um erro deles. [Depois da audiência] ele [funcionário do consulado brasileiro] me ligou  para comunicar que meu passaporte não estava mais no sistema da Interpol e que a polícia da Cruz Vermelha iria me achar para conversar", afirmou. Por outro lado, o ministério rebate e alega que prestou todo apoio para Elizabeth durante os sete dias que ficou presa e para os familiares. 

LEIA MAIS: Polícia francesa autoriza embarque de cuiabana "presa" em aeroporto de Paris para o Brasil

 

DE VOLTA PARA O BRASIL

Elizabeth relatou ainda que ela mesma precisou comprar sua passagem de volta para o Brasil, mas, com a condição de que fosse comprada no mesmo aeroporto onde foi presa, e apenas no dia seguinte depois de resolvida a situação, ou seja, já na sexta-feira. Contudo, no dia do embarque, ela foi levada atrasada para o aeroporto e acabou perdendo o voo, que foi remarcado para o sábado, quando, finalmente, conseguiu voltar para o Brasil. 

Em Cuiabá, ela desembarcou no aeroporto internacional no neste domingo e foi recebida pela família. 

LEIA MAIS: Cuiabana que estava detida na França desembarca em MT; veja vídeo

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