A economista Thais Oliveira Buenno, 23, de Brasília, relatou ao jornal O Globo que também passou por procedimento estético com o médico Denis Cesar Barros Furtado, 45. Ele é acusado pela morte da bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, 46, no último domingo (15), que realizou procedimento de preenchimento de glúteos com polimetilmetacrilato, o metacril.
Thais também passou pelo mesmo procedimento no ano passado, na casa da mãe do médico, Maria de Fátima Barros Furtado, 66, em Brasília. Segundo ela, o médico fez a aplicação do produto na sala da casa sem nenhum equipamento de emergência. “Além disso, paguei pelo metacril e ele também aplicou silicone industrial”, alertou.
Ela conheceu o médico por meio de indicação de uma amiga e ganhou confiança por conta da fama que o “Doutor Bumbum” tinha nas redes sociais. Tudo foi feito no mesmo dia.
“Eles me informaram que era um SPA médico, mas quando cheguei era a casa da mãe dele. Paguei R$ 700 pela consulta e mais R$ 14,2 mil pelo metacril. Achei estranho quando entrei na sala e vi que só tinha uma maca e nada de equipamentos de emergência, mas ele disse que era um procedimento simples”, relatou.
Além do médico, participaram do procedimento sua mãe, sua namorada e a instrumentista. Mesmo recebendo anestesia local, a economista disse ter sentido muita dor. O procedimento durou duas horas e Thaís saiu dirigindo seu carro.
“Cheguei a dar carona para a instrumentista dele e ficamos amigas. Fiquei quatro dias com febre. Um tempo depois, reparei que estava com alguns nódulos no bumbum e que o resultado não estava como esperado, foi quando entrei em contato e ele falou para eu voltar que aplicaria mais, mas fiquei com medo”.
Segundo Thaís, a própria instrumentista admitiu que o material utilizado no procedimento não era metacril. Um outro médico confirmou por meio de ressonância magnética que existia um outro material em seu corpo. Ela afirmou ter pensado em processar, mas acabou desistindo.
O caso
A bancária Lilian Quezia Calixto de Lima Jamberci, 46 morreu no domingo (15), após complicações decorrentes de um procedimento estético para aumento dos glúteos. A intervenção foi realizada pelo médico Denis Furtado, conhecido como “Doutor Bumbum”, no apartamento do profissional, no Rio de Janeiro. Ele teve a prisão decretada, mas está foragido.
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