O Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) ofereceu na terça-feira (10) denúncia contra a técnica de enfermagem Tatiane Borralho de Oliveira Silva, Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida, vulgo “Cleitão”, e Ana Lopes Borralho Filha de Oliveira, por homicídio qualificado. O trio é acusado de ter assassinado o sargento da reserva remunerada Noel Marques da Silva, no dia 22 de agosto de 2020, no bairro Jardim Colorado, na Capital.
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O MPMT explicou que Tatiane era casada com o militar há aproximadamente 10 anos. Na semana anterior ao crime, o PM havia deixado a sua casa para morar com o irmão em razão dos problemas conjugais. O órgão ministerial apontou que, para se apropriar da totalidade dos bens e ainda ficar com a pensão do policial, a técnica de enfermagem ofereceu recompensa a Cleyton, seu amante, para que matasse a vítima.
O Ministério Público afirma ainda que conversas extraídas do aparelho celular de Tatiane revelaram que a sua mãe, Ana Lopes, a instigou para que contratasse alguém para matar o genro. Os denunciados estão presos e devem responder por homicídio com as qualificadoras motivo torpe, utilização de recurso que dificultou a defesa da vítima e mediante promessa de recompensa, no caso específico do autor dos tiros.
A morte
Consta na denúncia que na noite do crime, a vítima chegou à residência pertencente ao irmão e, ao descer de seu carro para abrir o portão da casa, foi surpreendida por Cleyton e uma terceira pessoa ainda não identificada, que já a aguardavam. Na sequência, o militar foi baleado na cabeça, provocando sua morte por traumatismo crânio encefálico.
Outro crime
No dia 24 de março de 2021, Noel Marques da Silva Júnior, filho do policial militar, também foi assassinado mediante disparos efetuados por Cleyton com auxílio de Paulo Cesar de Oliveira e Cleomar Benedito Marcos Neto.
Segundo apurado, em outra ação penal, Noel Júnior havia testemunhado no inquérito que apurou o crime cometido contra o seu pai e cobrava o esclarecimento dos fatos, o que motivou Cleyton e comparsas a planejar a execução da sua morte. Na mesma ocasião também tentaram matar a testemunha Ariane Figueiredo Souza, esposa de Noel Júnior, apenas não consumando o crime por circunstâncias alheias às suas vontades.
Em depoimento prestado à polícia, segundo o MPMT, Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida afirmou que também planejava matar a denunciada Tatiane Borralho de Oliveira Silva, já que não teria recebido a recompensa pelo crime cometido contra o PM. O crime só não teria sido consumado porque ele foi preso antes.
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