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Justiça Sexta-feira, 31 de Março de 2017, 16:28 - A | A

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Sexta-feira, 31 de Março de 2017, 16h:28 - A | A

"SÓ NÃO PEGOU QUEM NÃO QUIS"

Ex-deputado revela compra de vaga no TCE e mensalinho de Dante e Blairo aos deputados

JESSICA BACHEGA

A juíza da Sétima Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Arruda, interroga nesta sexta-feira o ex-deputado José Geraldo Riva sobre os fatos investigados na Operação Imperador, que levou Riva para em 2015 a cadeia por desvios de dinheiro público da Assembleia Legislativa.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

jose riva

 

Na audiência também serão ouvidas outras testemunhas e réus do processo. Conforme o Ministério Público do Estado (MPE), o esquema de corrupção desviou R$ 62 milhões por meio de falsas compras de material gráfico.

 

O primeiro a depor foi o empresário Elias Nassardem, delator do esquema. Ele é acusado de utilizar nomes de familiares para abrir empresas de fachada, a fim de participar de licitações da Assembleia e garantir que independente de qual ganhasse seria ele o real administrador de tais gráficas.

 

Durante o depoimento, Elias confirmou que participou do esquema. Disse que recebeu 12% para fornecer as notas falsas do material gráfico para a Assembleia, durante a gestão de José Riva. A fraude começou em 1997.

 

Elias garantiu que quer se redimir pelo o que fez e prometeu colaborar com a Justiça. Revelou ainda que entregou dinheiro para o ex-secretário da Assembleia Edemar Adams e também diretamente ao ex-deputado José Riva.

 

Depoimento de Riva

 

O ex-deputado José Geraldo Riva começou o depoimento falando da mudança de governo  em 2003, do falecido Dante de Oliveira (PSDB) para Blairo Maggi (à época PPS).

 

Contou que Blairo foi “duro” com a Assembleia ao se negar a pagar uma mesada mensal aos deputados estaduais, como Dante de Oliveira fazia. O “mensalinho” variava de R$ 15 mil a R$ 25 mil para alguns deputados da bancada do governo.

 

Quando Blairo assumiu disse que não ia mais fazer os repasses. Propôs que fosse feito o levantamento das despesas da Assembleia e o governador iria fazer um repasse a mais e que seria repassado a todos os deputados.

 

Segundo Riva, o dinheiro desviado com as empresas era direcionado para o mensalinho dos deputados.

 

Entre 2003 e 2004 as empresas falsas movimentaram R$1,1 milhão. Em 2005, o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) era presidente da Mesa Diretora da Assembleia e movimentou R$ 3 milhões. No ano seguinte, foram R$ 5 milhões.

 

Já em 2009, conta o ex-deputado José Riva, R$ 2,5 milhões dos desvios foram utilizados para comprar a vaga de Sergio Ricardo no Tribunal de Contas do Estado (TCE). O conselheiro está afastado do cargo justamente porque é investigado pela compra da vaga de Humberto Bosaipo, aposentado do TCE.

 

 

 

Segundo o ex-deputado, esse valor foi devolvido depois de uma viagem de Blairo para a África. Àquela época, na gestão do atual ministro da Agricultura, a Assembleia pagava R$ 30 mil de mensalinho aos deputados. A maioria dos parlamentares recebia o dinheiro, mas não todos. O pagamento era repassado aos deputados pelos diretores da Mesa.

 

Riva conta que o então deputado estadual Otaviano Pivetta (PDT) foi o único que foi contra o pagamento aos deputados. "Ele achava que ia dar problema", diz.

 

No depoimento, o ex-deputado confirma que Edemar Adams, seu ex-secretário na Assembleia, já falecido, passou a falsificar assinaturas e promovia desvios do esquema.

 

"Eu conhecia esse esquema, participava dele. Mas eu sabia que eram outros valores repassadas às empresas. Eu sabia que eles recebiam 25%, mas o delator disse que recebiam só 12%. Não sei precisar de quanto era o valor pago às empresas"

 

Riva confirma que recebeu os R$ 300 mil que Elias Nassardem informou ter pagado a ele.

 

Além disso, contou o ex-deputado para a juíza Selma Arruda, o empresário Junior Mendonça fazia empréstimos aos deputados. E recebia o dinheiro dos parlamentares depois. Esse pagamento dos empréstimos era feito com dinheiro desviado por meio do esquema. 

 

De acordo com o depoimento de José Riva, mais de 60 empresas davam o suporte ao esquema.

  

"Só não pegou quem não quis. O resto pegou " disse Riva sobre o aumento no duodécimo da Assembleia, feito por Blairo para pagar o mensalinho dos deputados.  O valor do duodécimo era superfaturado no setor das despesas de pessoal.

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Armindo de Figueiredo Filho Figueiredo 31/03/2017

E AGORA????Depois desse "ESTRONDO"!!! O que é que vai acontecer???? CADEIA para todos os envolvidos, pois se trata de desvio de ""DINHEIRO PÚBLICO""" . CHEGA!!!!,CHEGA!!! Todos os dias, só se vê na mídia.... MILHÕES E MILHÕES, indo pro ralo da falcatruas, escândalos, propinas, subornos, desvios e por aí vai..... ATÉ QUANDO VAMOS VER ISSO??????

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