Catorze desembargadores do pleno do Tribunal de Justiça (TJMT) foram contra a soltura do deputado Mauro Savi (Dem), dois a favor e o magistrado Marcos Machado pediu vistas do processo. Esse foi o resultado do julgamento sobre o pedido de liberdade interposto pela defesa do parlamentar, que está encarcerado no Centro de Custódia da Capital (CCC) desde o dia 9 deste mês.
O deputado Mauro Savi (DEM) foi preso durante a Operação Bônus, na qual é acusado de integrar organização criminosa que promovia desvios do Departamento Estadual de Trânsito (Detran).
Savi é acusado de receber R$ 750 mil em propina da empresa EIG Mercados para patrocinar sua campanha eleitoral de 2014. Valor que também teria sido recebido pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido).
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), a atuação de Savi é marcada pela “dissimulação”, utilizando de seu cargo político e influência relacionada ao mandato para dar “roupagem” de licitude para atos considerados ilícitos pelo Grupo Especial de Atuação Contra o Crime Organizado (Gaeco).
"Ele atua simulando negócios jurídicos legítimos que de fato não existem, para dar legalidade a atividades criminosas relacionadas ao recebimento de vantagens indevidas pagas a ele em razão do cargo", diz a denúncia do MPE.
Savi nega qualquer envolvimento com os fatos investigados.
O órgão foi contra a soltura do deputado e argumentou que o recolhimento é necessário para que cesse os delitos criminosos promovidos pela quadrilha.
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