Em audiência de custódia na última sexta-feira (26), o juiz Geraldo Fernandes Fidelis Neto converteu a prisão em flagrante do policial militar Romeu Jordão Sarate de Andrade, de 39 anos, em preventiva. O militar foi preso na quinta-feira por receptação, associação criminosa, tráfico de drogas e por porte ilegal de arma de fogo. Na avaliação do magistrado, o PM representa um risco para ordem pública, por isso, deve ser mantido em cárcere. Ele é acusado de prestar serviços à facção Comando Vermelho.
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Nos autos, o juiz destacou que Douglas Magalhães de Arruda, um dos comparsas de Romeu, responde a quatro processos judiciais, além de uma suposta ligação com a facção criminosa, sendo o braço externo de um dos chefes do grupo, que se encontra recluso.
Sobre o policial militar, o magistrado anotou que ele tem uma condenação pela prática de crime revestido em violência ou grave ameaça, sendo considerado um risco para a segurança pública: “ainda é um risco para ordem pública, motivo pelo qual requer a conversão de sua prisão em preventiva”, diz o documento.
Uma terceira envolvida, Ana Carla Moura de Melo, também presa na quinta-feira, teve a prisão revogada, pois o juiz entendeu que ela não oferece risco para a sociedade, diferente de Douglas e Romeu.
“Quanto aos custodiados Douglas e Romeu, conclui-se que a ordem pública será abalada se os autuados permanecerem em liberdade, uma vez que a gravidade em concreto da conduta revela o alto grau de periculosidade dos suspeitos”, decidiu o juiz.
O CASO
Romeu Jordão Sarate de Andrade, Douglas Magalhães de Arruda e Ana Carla Moura de Melo foram presos na quinta-feira suspeitos de prestar serviço à facção criminosa Comando Vermelho e estariam em uma chácara do Pedra 90 para desenterrar drogas e armas pertencentes ao grupo.
Segundo o boletim de ocorrência, uma equipe da Polícia Militar estava em patrulhamento pelo Cinturão Verde, região do bairro Pedra 90, na Capital, quando passaram perto de uma chácara e viram três suspeitos em uma caminhonete S10 branca.
Os suspeitos fugiram em alta velocidade, mas foram alcançados pela equipe. Dentro do carro, estava o militar, Douglas, um outro homem e uma criança. Na busca pessoal, nada de ilícito foi encontrado. Questionado, Romeu contou que estava no local, em uma chácara de conhecidos, e estava desarmado.
Então, eles foram liberados. Pouco tempo depois da liberação dos suspeitos, um senhor em uma motocicleta informou que viu os ocupantes da caminhonete jogando duas armas pela janela do veículo e indicou o local onde o armamento estava. Os militares foram até local indicado e encontraram duas pistolas, uma Glock de calibre 9mm e outra Taurus de calibre 45.
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