No período de 16 de fevereiro a 15 de maio, a maior parte dos tiroteios/disparos, 1387, se concentrou no município do Rio, justamente onde foram realizadas as operações da intervenção, em sua maioria. Os bairros da Região Metropolitana que tiveram mais notificações são Praça Seca (100 registros), Cidade de Deus, Rocinha (ambas com 68), Complexo do Alemão (65) e Vila Kennedy (63). Esta última comunidade recebeu uma série de operações das Forças Armadas e da polícia, com derrubada de barricadas impostas pelo tráfico de drogas para evitar o trânsito de forças de segurança.
Os tiroteios e disparos em áreas de Unidades de Polícia Pacificadora somaram 538 no período, seis por dia, com 44 mortos e 44 feridos. As mais violentas: Cidade de Deus, Rocinha, Alemão, Vila Kennedy e Complexo de São Carlos.
O Fogo Cruzado também compila dados sobre a presença policial nos momentos dos tiroteios/disparos - por exemplo, se havia operação em andamento ou se foi o caso de um policial assaltado, com reação a tiros. Dos 2309 registros, a presença se verificou em 350 casos.
Depois do Rio, os municípios com mais tiroteios de fevereiro até aqui foram São Gonçalo (236), Belford Roxo (177), Niterói (122) e Nova Iguaçu (106), mostrou o levantamento.
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), braço estatístico da Secretaria de Segurança Pública do Estado, mostraram que o Estado teve recorde no roubo de veículos em março. O número de veículos roubados, 5.358, registrou alta de 7,1% em comparação com o mesmo mês de 2017 (5.002). As ocorrências de abril ainda não foram divulgadas.
A secretaria não comentou o levantamento do Fogo Cruzado, tampouco o gabinete de intervenção. Na segunda-feira, 14, os militares informaram que as Forças Armadas e a PM estão reassumindo "o protagonismo completo do policiamento na área do 14º BPM (Bangu), na zona oeste do Rio" e que "a nova etapa do projeto piloto - iniciado em fevereiro pela intervenção federal - prevê a retomada das áreas de atuação do batalhão, incluindo as comunidades da Vila Kennedy e do Batan".
No começo da intervenção, conforme nota oficial, foram tomadas medidas "visando recuperar a capacidade operativa dos órgãos de segurança pública e reduzir os índices de criminalidade na região". Mais detalhes sobre ações futuras não foram informados.
(Com Agência Estado)
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