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Cidades Segunda-feira, 23 de Julho de 2018, 08:20 - A | A

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Segunda-feira, 23 de Julho de 2018, 08h:20 - A | A

PROTESTO

Mãe denuncia violência em parto e morte de bebê no HGU

REDAÇÃO

"Cheguei ao hospital pronta para dar a luz ao meu segundo filho, às 02h30min da manhã do dia 07 de julho, e viver o dia mais feliz da minha vida. Mas saí de lá com ele morto",  relata Luana Lacerda pinto, 21 anos, mãe de Pedro Henrique Lacerda Silva.

 

Divulgação

Hospital geral universitario - HGU

 

Luana conta que ao chegar ao Hospital Geral Universitário (HGU), foi encaminhada para um quarto de espera, onde ficou das 02:30 até as 15:20 horário do parto. O tempo todo informou a equipe que estava com muita dor e que não poderia ter a criança de parto normal, pois não tinha dilatação. Porém o médico insistiu que seria normal, e, mais uma vez, ela disse que não tinha condições de dar à luz.

 

“Passei a manhã toda com muita dor, por várias vezes chamei a equipe para informar que não tinha dilatação e somente no período da tarde quando eles viram que eu não estava mais aguentando e eles tentaram fazer o parto normal e perceberam que não tinha dilatação, colocaram aparelho para ouvir o coração do bebê e não ouviram os batimentos. Foi aí que eles perceberam que o meu útero tinha estourado e então resolveram fazer a cesariana de emergência e me levaram para a sala de cirurgia às pressas, daí não vi mais nada”, disse a mãe.

 

Luana ainda lembra-se dos momentos de dor que passou no hospital e relata que após ser levada para a sala de cirurgia, foi anestesiada e antes que a mesma fizesse efeito à equipe médica retirou o feto puxando com as mãos o que a fez sentir muita dor.

 

O pai da criança, Paulo da Silva, disse que por várias vezes tentou avisar que a esposa não tinha condições de ter um parto normal, devido a não ter dilatação e que foi ignorado, sendo informado de que a esposa iria ter a criança de parto normal.

 

Luana chegou ao hospital no dia 07, sendo liberada no dia 11 de julho e o bebê ficou na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) neonatal por aproximadamente 15 dias, porém morreu na sexta-feira (20). Familiares estão indignados e alegam que o bebê já nasceu morto. Que ao chegar ao hospital o pai da criança apresentou documento do pré natal, no qual indicava parto cesáreo.

 

Conforme o laudo médico a paciente não poderá entrar em trabalho de parto em futuras gestações devido a rotura uterina. 

 

Conforme algumas mães que preferiram não revelar seus nomes, esse tipo de atitude é muito comum em hospitais, tanto na rede pública como na privada, elas contam que, geralmente, as mulheres que reclamam mais de dor são censuradas e alvos de chacota com palavras como “na hora que fez não doeu”, “se continuar com frescura eu não vou te atender” e tantas outras. “Imagina uma gestante ouvindo esse tipo de frase na hora do parto, isso é mais comum do que se imagina”, relatou uma mulher.

 

Uma funcionária pública, que não quis revelar o nome por medo de represália, disse que também já foi vitima de violência obstétrica e que quando tomou conhecimento do caso da Luana resolveu se pronunciar, então procurou a família e ofereceu ajuda no sentido de colocar a público o ocorrido.

 

“Isso é um crime e não podemos aceitar que esse tipo de coisa continue acontecendo em nosso estado. Estamos em uma época em que temos o direito de falar, de denunciar. Me sensibilizei com essa mulher, pois também passei por uma situação bem parecida, hoje tenho uma filha que sofre com epilepsia e vejo tantas outras mulheres falarem sobre essas atitudes na hora do parto que resolvi levantar uma bandeira por essa causa aqui em Cuiabá e incentivar outras mulheres a também fiscalizarem em suas cidades. Temos que nos unir senão mais mulheres serão vitimas desse tipo de violência. Acredito que o governo deveria realizar um trabalho mais amplo e fiscalização contra esse tipo de ação, bem como também trabalhar a importância do planejamento familiar, com campanhas mais eficientes, a vida é preciosa para ser acabada dessa forma", relata.

 

Protesto

 

Os familiares da mãe de Pedro Henrique Lacerda Silva vão realizar nesta segunda-feira (23), às 16 hs, um protesto em frente ao Hospital Geral Universitário e seguir em passeata até a Praça Ipiranga. A manifestação é para cobrar dos governantes que investiguem os hospitais, melhorias na saúde, que apurem o caso que e principalmente a questão da violência obstétrica.

 

O protesto deverá sair da Praça até a frente do Hospital Geral Universitário, local onde aconteceu o ato.

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