Seguidas bombas de efeito moral estão sendo lançadas pela Polícia Militar (PM) do Distrito Federal próximo à grade que foi colocada para isolar a área do Congresso, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).
A todo momento, uma leva de manifestantes se afasta do local correndo, tossindo, com olhos ardendo. Oficialmente, a Secretaria de Segurança Pública não informou o motivo da reação policial, mas segundo a GloboNews diversos prédios foram pichados e depredados. No local, a justificativa é que seria uma reação a objetos jogados por manifestantes. Um carro de som chama pela ambulância para socorrer feridos.
— O gás arde, mas vai doer muito mais perder direitos — grita um manifestante do carro de som.
Com as bombas, os manifestantes estão recuando aos poucos. De cima do carro de som, representantes de centrais sindicais condenam a ação policial.
Quatro manifestantes foram detidos. Com os suspeitos foram encontrados um punhal, canivetes e uma pequena porção de maconha. Maiores de idade.
Por conta da iminência de invasão dos Ministérios do Trabalho e da Previdência, durante protestos contra o presidente Michel Temer e as reformas trabalhista e da Previdência, os órgãos decidiram cancelar o expediente vespertino para os funcionários. O Ministério do Meio Ambiente e da Cultura também dispensaram a equipe nesta tarde, devido à confusão na Esplanada.
Mais cedo, a Secretaria de Segurança Pública do DF estimou em cerca de 25 mil pessoas o número de manifestantes.
Eles marcharam no Eixo Monumental rumo ao Congresso Nacional e ao Palácio do Planalto. Os manifestantes pediam o fim das reformas e o impeachment do presidente Michel Temer. O protesto foi organizado por centrais sindicais e movimentos sociais de oposição ao governo.
A marcha ocorre em um momento delicado para o presidente Michel Temer, após ser envolvido em denúncias de corrupção. Ele tenta dois movimentos nesta semana para demonstrar força: evitar uma debandada dos aliados e, ao mesmo tempo, garantir a votação de matérias importantes no Congresso, como as reformas trabalhista e previdenciária. Tais projetos, no entanto, são impopulares em muitos segmentos da sociedade, que se organizam para barrar a aprovação.
A Esplanada dos Ministérios está fechada para o trânsito de veículos e conta com um esquema de segurança especial, inclusive com a presença da Polícia do Exército. Para impedir que os manifestantes se aproximem demais dos principais prédios públicos, foram cercados com grades o Congresso, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal. Os manifestantes estavam concentrados no Estádio Mané Garrincha e começaram a marcha por volta do meio-dia.
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