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Brasil Segunda-feira, 17 de Abril de 2023, 17:45 - A | A

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Segunda-feira, 17 de Abril de 2023, 17h:45 - A | A

Ex-jogadora de vôlei investigada por agredir entregador com coleira se apresenta para depor

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

A nutricionista e empresária Sandra Mathias Correia de Sá, de 53 anos, investigada pela Polícia Civil do Rio após agredir e xingar entregadores em São Conrado (zona sul do Rio) em dois episódios, nos dias 4 e 9 de abril, chegou às 13h50 desta segunda-feira, 17, para prestar depoimento à 15ª DP (Gávea). Ela estava acompanhada por um advogado e não falou com a imprensa - seu defensor também não. Até as 15h45, Sandra continuava na delegacia.

O depoimento da nutricionista estava previsto para o dia 12. Mas o seu advogado foi à delegacia, apresentou um atestado médico, alegou que sua cliente estava com "várias lesões" e pediu o adiamento. Por isso, o depoimento foi transferido para esta segunda-feira.

Agressões

O entregador Max Ângelo Alves dos Santos, de 36 anos, contou à Polícia Civil, que na noite do último dia 4, enquanto trabalhava fazendo entregas de bicicleta, passou com o veículo ao lado de Sandra, que passeava com um cachorro. Ela o acusou de ter "tirado uma fina" (passado perto demais) dela e o xingou de "marginal", "preto" e "favelado". Depois dos insultos, ela teria entrado na loja para pedir informações sobre Santos - para supostamente denunciá-lo à polícia - e exigir a demissão dele.

O entregador diz que não passou perto de Sandra a ponto de justificar alguma reclamação, muito menos os xingamentos de que foi vítima. Por isso, na manhã do dia 5, ele foi à 15ª DP e fez uma denúncia contra a mulher por injúria. Na tarde daquele dia, segundo o entregador, Sandra foi ao local onde ele e os demais entregadores ficam reunidos aguardando pedidos e passou alguns minutos filmando todos eles. Ela teria comentado: "Ele está aqui com a quadrilha dele". Santos diz ter alertado os colegas para que ninguém reagisse, porque era exatamente o que ela queria, avalia.

No domingo de Páscoa, dia 9, Santos foi trabalhar normalmente. Estava com os colegas na frente do estabelecimento que atende quando Sandra passou com o cachorro, parou e ficou encarando o grupo de entregadores. A entregadora Viviane Souza perguntou a ela: "Que mal a gente fez pra senhora?". Sandra, segundo Santos, largou o cão e foi em direção a ela, para agredi-la. Viviane correu, mas chegou a ter a perna mordida por Sandra.

Depois disso, o alvo da nutricionista voltou a ser Santos. Usando a corda da coleira do cachorro como chicote, Sandra tentou atingi-lo - o entregador conseguiu desviar uma vez, mas foi agarrado pela camisa e agredido pela mulher. As cenas foram registradas pelos outros entregadores, com câmeras de celulares. Santos voltou à delegacia, desta vez para denunciar Sandra por lesão corporal.

Investigada

Graduada em nutrição, Sandra foi jogadora de vôlei e atualmente é dona de uma escola do esporte na praia do Leblon, na zona sul. O Conselho Regional de Nutricionistas da 4ª Região, que engloba os Estados do Rio e do Espírito Santo, divulgou nota na terça-feira, 11, informando que, "após tomar ciência dos fatos noticiados de atos racistas e lesão corporal (...), se posiciona de forma veemente contra os atos que envolvem a nutricionista Sandra Mathias Correia de Sá e informa que irá instaurar processo administrativo para apuração dos fatos e adoção das medidas cabíveis". O objetivo do conselho é verificar se a conduta de Sandra não fere o Código de Ética e Conduta da categoria.

A conduta de Sandra também pode impedir a manutenção de sua escola de vôlei. A secretaria municipal de Esportes informou em nota que a ex-atleta tem alvará para uma escolinha de vôlei no Leblon, mas a licença venceu em dezembro de 2022. Ela estava em processo de renovação, mas, diante do ocorrido, "a prefeitura não concederá a renovação até que todos os fatos sejam esclarecidos pela Justiça", informou a pasta.

A nutricionista já teve outras três passagens pela polícia. Ela foi investigada por lesão corporal em 2007, por injúria e ameaça em 2012 e por furto de energia em 2021.

(Com Agência Estado)

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