As duas últimas medidas - de proibição de contato com investigados e afastamento da PF - são consideradas 'essenciais' pelo , coordenador do Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos na PGR, considerando o 'grave contexto dos fatos investigados e a posição do requerente nos quadros da Administração pública'. "A intenção é evitar que o investigado possa utilizar de sua influência política para interferir no andamento da apuração", anotou.
Torres é investigado por suposta conivência com os atos golpistas do dia 8 de janeiro. Na data em que os prédios do Supremo, Planalto e Congresso foram invadidos e depredados, o ex-secretário de Segurança Pública estava nos Estados Unidos. No dia seguinte, entrou de férias.
O aliado do presidente Jair Bolsonaro foi preso no dia 14 do mesmo mês, assim que retornou ao País. Antes a Polícia Federal fez buscas da residência do ex-ministro da Justiça, encontrando a chamada 'minuta do golpe' - rascunho de um decreto de intervenção no Tribunal Superior Eleitoral. O documento abasteceu ação de investigação eleitoral que pode tornar Bolsonaro inelegível.
O Grupo Estratégico de Combate aos Atos Antidemocráticos vê indícios de que Torres tinha conhecimento das convocações de teor antidemocrático e da chegada de mais de 130 ônibus a Brasília. A PGR também destaca que relatórios de inteligência continham informações detalhadas sobre a convocação para os atos golpistas.
(Com Agência Estado)
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