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Artigos Segunda-feira, 31 de Outubro de 2016, 08:21 - A | A

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Segunda-feira, 31 de Outubro de 2016, 08h:21 - A | A

Quando um idoso deve usar bengala?

A bengala só deve ser prescrita para quem apresenta problema de equilíbrio ou instabilidade, fraqueza importante nas pernas ou tronco, lesões ou dor

FRANCIELLE FIALKOSKI

 

 

divulgação

FRANCIELLE FIALKOSKI

 

Muitas famílias adquirem uma bengala para oferecer mais segurança para o idoso. Mas é preciso cautela: quando utilizada indevidamente, pode prejudicar o desempenho e aumentar o risco de quedas.

 

O processo de envelhecimento pode ser traduzido em alterações físicas que acabam por comprometer a mobilidade, força muscular e equilíbrio dos idosos. Eles ficam mais instáveis e, muitas famílias, com intuito de oferecer mais segurança para o idoso, adquirem uma bengala por conta própria.

 

A bengala é um dispositivo auxiliar de marcha que muito contribui para a estabilidade do idoso enquanto caminha ou realiza suas atividades do dia-a-dia. Tem como função ampliar a base de sustentação e fornecer informação tátil ao usuário para que este aumente o equilíbrio. Mas quando utilizada indevidamente, sem ajustes, ou sem um treino adequado, pode prejudicar ainda mais o desempenho do idoso, inclusive aumentar o risco de quedas. O mesmo serve para andadores e muletas.

 

A bengala só deve ser prescrita para quem apresenta problema de equilíbrio ou instabilidade, fraqueza importante nas pernas ou tronco, lesões ou dor. Para isso é necessária uma avaliação específica, que considere não só a função dos membros inferiores, mas também os aspectos visuais, cognitivos e sensoriais do idoso, tendo em vista os objetivos e queixas funcionais que justifiquem o uso do dispositivo.

 

Havendo indicação, faz-se necessário realizar os ajustes. A altura correta da bengala é na altura do trocânter maior do fêmur, uma estrutura óssea mais proeminente, palpável, na região lateral do quadril. A mão deve ficar devidamente apoiada no cabo da bengala, com cotovelo dobrado em um ângulo de 30°, permitindo assim a impulsão e a descarga do peso. E, ao contrário do que muitos pensam, utiliza-se a bengala do lado contrário à lesão ou lado mais comprometido.

 

Outro aspecto fundamental é o treino para uso do dispositivo, que deve ser realizado por um fisioterapeuta. Estima-se que 30 a 50% dos pacientes param de usar seus dispositivos precocemente devido à falta de orientação e acompanhamento. Esse treino irá ensinar o paciente a descarregar ou não o peso sobre a bengala e o momento exato das passadas, ajustando também o balanço do tronco e do braço livre. Uma bengala pode reduzir até 20% do peso corporal sobre o membro, dependendo do seu desenho e do treinamento de marcha.

 

Tenham cautela ao adquirir uma bengala para um idoso sem a prescrição adequada e acompanhamento. Procure um fisioterapeuta qualificado para avaliar a necessidade, ajustar o dispositivo e orientar o uso correto. As evidências são inquestionáveis.

 

*FRANCIELLE FIALKOSKI é Fisioterapeuta, Especialista em Gerontologia pela Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia e Mestre em Saúde Coletiva. Presidente do Departamento de Gerontologia da SBGG-MT e proprietária da Vital Sênior Fisioterapia, parceira do Espaço Più Vita.

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