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Artigos Terça-feira, 01 de Novembro de 2016, 08:16 - A | A

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Terça-feira, 01 de Novembro de 2016, 08h:16 - A | A

Eleição de Cuiabá em números

Onde foram parar então os votos dos que tanto clamam por honestidade e inovação na política?

JOÃO EDISOM

 

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João Edisom

 

Os números não dizem tudo, mas relevam muitas coisas sobre o que um povo diz, pensa e faz. A eleição para prefeito em Cuiabá é um exemplo de que ainda há uma distância muito grande entre o que as pessoas dizem e o que fazem no isolamento das urnas. Tudo isso porque as pessoas tendem a ser mais rígidas moralmente quando falam do que quando agem.

 

Antes de saber quem seriam os candidatos as pessoas diziam: “Queremos um candidato novo. Diferente de tudo que está aí. Precisamos ter tudo novo”. “Queremos gente nova, que nunca participou do processo eleitoral, precisamos renovar a política”. “Queremos gente comprovadamente honesta”. Estas frases são cantadas em prosas por gente especializada ou analfabeta, mas na hora de votarem fazem isso?

 

Vamos analisar os números e as pessoas:

 

PRIMEIRO TURNO: Cuiabá tinha 415.098 pessoas aptas para votarem. Destes, 19,91%, ou 82.646 pessoas, não compareceram para votar, 14.224 votaram em branco e 31.103 anularam o voto. Ou seja, 287.111 escolheram um dos candidatos, distribuídos da seguinte maneira: Emanuel Pinheiro (PMDB) 98.051 votos; Wilson Santos (PSDB) 81.531 votos; Procurador Mauro (PSOL) 71.336 votos; Julier Sebastião (PDT) 23.307 votos; Serys Slhessarenko (PRB) 9.242 votos e; Renato Santtana (REDE) 3.644 votos.

 

Vamos aos discursos dos eleitores:

 

A primeira frase: “Queremos um candidato novo, diferente de tudo que está aí, precisamos ter tudo novo”. Pois bem, quem melhor se encaixava neste perfil era o Renato Santtana da REDE, partido novo, candidato pela primeira vez, ideias inovadoras. Este, dos 415 mil, conquistou tão somente 3.644 votos.

 

A segunda frase: “Queremos gente nova que nunca participou do processo eleitoral. Precisamos renovar a política”. Neste aspecto encaixaria bem o candidato do PDT, Julier Sebastião. Nunca tinha sido candidato, mas obteve apenas 23.307 votos dos 415.098 que poderiam votar.

 

A terceira frase: “Queremos gente comprovadamente honesta”. Neste quesito inquestionavelmente Serys Slhassarenko (PRB) se encaixa, pois tem mais de quatro décadas de atividade pública, dentre elas professora da UFMT, secretária municipal e estadual de educação, deputada estadual e senadora sem envolvimento em escândalos e não responde a nenhum tipo de processo. Mesmo assim, dos 415.098 votos obteve somente 9.242.

 

Onde foram parar então os votos dos que tanto clamam por honestidade e inovação na política? Bem, 71.336 foi para o Procurado Mauro, o eterno candidato do PSOL. Candidato que não diz nada e não faz nada apesar de ser candidato comprovadamente honesto e estar em um partido cujo grau de envolvimento com corrupção é quase zero. E, pasmem, 179.867 votos para os dois candidatos que mais estão citados em investigações e CPIs. Além de representarem partidos que ocupam o topo na lista de políticos envolvidos em corrupção, PMDB e PSDB.

 

SEGUNDO TURNO: Bem, no segundo turno estavam aptos para votar 415.098 eleitores. Destes, 311.615 rejeitaram o candidato Wilson Santos, do PSDB, e 257.221 rejeitaram o candidato eleito Emanuel Pinheiro, do PMDB. Parem tudo! Temos que mudar as regras eleitorais e começar a gostar de democracia.

 

*JOÃO EDISOM é Analista Político, Professor Universitário em Mato Grosso e colaborador do HiperNotícias.

 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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Carlos Nunes 01/11/2016

É evidente que ainda não vivemos uma Democracia Plena, mas sim uma pseudodemocracia (quase). Ganha quem tem mais dinheiro, ou não? Candidato sem dinheiro, não consegue nada, ou consegue? Sempre temos que parabenizar o procurador Mauro, porque sempre, com pouco dinheiro, ele consegue quase chegar lá...nada, nada, nada, e morre na praia. É uma figura honesta e bem intencionada, mas o que estraga é o partido - ninguém quer saber de esquerda radical. Aconteceu aqui, e lá no Rio de Janeiro também, onde ganhou o Crivella. A biografia do Crivella é ótima, quando mostra que, quando mais jovem, foi missionário na África, Índia, onde chegou a percorrer os caminhos da Madre Tereza de Calcutá. Então, de ajudar a pobreza ele entende. Aqui em Cuiabá, quem passou uma rasteira nos companheiros, daquelas de capoeira, foi o MM, quando não disse há tempo que NÃO SERIA CANDIDATO a prefeito; foi dizer só em cima da hora...se tivesse aberto o jogo, na certa teriam tempo para escolher um candidato melhor, e nem seria o WS. Além da passar a rasteira, aonde ficou em cima do muro...uns disseram que ele apoiou foi o EP, outros diziam que era o WS. Para o bem de Cuiabá, agora o EP deveria fazer uma Auditoria breve e profunda sobre tudo o que aconteceu com o Nosso Dinheiro, nos 4 anos de governo do MM. Sim, tem que abrir a CAIXA PRETA; na certa o procurador Mauro, a Serys, o Julier, e até o WS abririam. O dinheiro não é do prefeito, é do povo.

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Sandra Fagundes 01/11/2016

Os votos dos que clamam por inovação na política foram o procurador Mauro. Mas os tubarões com os quais o senhor estava junto, manobraram para que ele não ganhasse. Sem opção os eleitores votaram naquele que nunca foi gestor de Cuiabá ou se abstiveram de votar. Faça um favor pra população, para com essa choradeira e deixa o tempo mostrar os resultados.i b

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2 comentários

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