Vi uma imagem dentro de uma camiseta, onde o falecido cartunista Henfil, mostra um de seus personagens saindo de um túnel com o nome de 2018 e entrando no túnel de 1964, interessante do ponto de vista da semiótica. Henfil foi um cartunista critico do capitalismo e da direita.
Hoje vamos iniciar um novo governo com ideologia militar de direita que venceu as últimas eleições com 38% do total dos votos dos brasileiros, ou como o TSE quer nos convencer com 70% dos votos válidos.
A esperança de muitos, aliás, de todos que o Brasil saia da crise econômica, moral, social e politica em que se encontra. Vejo no rosto de jovens que querem ter um lugar ao sol, ou seja, virar cidadão de verdade e seja inserido nas decisões do país.
Embora tenha sido econômico em divulgar o programa de seu governo, algumas bandeiras foram alardeadas por Bolsonaro e teve aceitação popular dos seus eleitores.
Entre estes temas estão: Liberação do porte de arma para todo cidadão com ficha criminal negativa; forte nacionalismo; confronto direto contra bandidos comuns; escola sem partido; projeto de diversas privatizações; alinhamento aos países Israel e EUA; reforma da Previdência, combate a corrupção, etc.
A intenção do atual governo é não praticar a velha política do toma lá dá cá. Não dar cargos, ou “mensalinhos” em troca de aprovação de leis importantes para as mudanças tão esperadas. Só falta combinar com os russos.
Esta é uma expressão antiga, dita por Garrincha em uma das copas do mundo. Repito, adaptando-a: Só falta combinar com o Congresso Nacional e com as assembleias legislativas dos 27 estados brasileiros, que estão cheias de políticos que até agora só praticaram a velha política.
Há no marketing praticado por Jair Bolsonaro e seu grupo um forte discurso ideológico que ele tenta descaracterizar ao atacar a esquerda derrotada. Chama para si um novo governo de um Brasil de verdade. Não sabemos que tipo de Brasil de verdade ele pretende implantar.
Há um discurso corrente contra a esquerda, contra o marxismo que são vistos como os que acabaram com o Brasil. Embora o marxismo esteja em decadência há muito tempo. Este tipo de discurso leva muitos ingênuos a acharem que com Bolsonaro o Brasil vai resolver todos os problemas existentes atualmente, e que a culpa toda é da esquerda.
O que se vê é um discurso ideológico de direita, com valores cristãos e voltados a um capitalismo liberal, o que com este viés meio religioso, se assemelha ao do seu lado contrário à esquerda.
A tônica de direita reverbera-se o seu radical contrário, à esquerda criando ao invés de um lulismo, o bolsonarismo. Já vimos isto com outros salvadores da pátria. O velho Getúlio Vargas, o velhaco Collor de Mello, o Lula e agora Bolsonaro.
Alguns apaixonados por Bolsonaro vão dizer que é mais um esquerdopata frustrado dizendo um discurso de perdedor. Mas a fala é da Deputada pelo PSL de São Paulo, a jurista Janaina Paschoal, aliada do presidente eleito.
O que se avizinha num futuro próximo é à saída de uns lunáticos de esquerda e agora a entrada de outros da direita.
Não se governa com pirotecnia e com um dedo simbolizando armas, mas com a pacificação de um país.
Espero está errado, mas só o tempo dirá, não é mesmo Queiróz?
*PEDRO FELIX é estudante de Direito e Professor.
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Julio Arrais 02/01/2019
Vejo uma falta total de memória intencional ou não de quase todos os analistas políticos deste país. Quem governou até ontem o Brasil foi a direita...foi Temer (o golpista), foi gente ligada inclusive ao governo que assume. Isso deve ser considerado nas análises...então que diabo é esse "lunáticos de esquerda"?
1 comentários