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Artigos Segunda-feira, 26 de Setembro de 2016, 10:18 - A | A

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Segunda-feira, 26 de Setembro de 2016, 10h:18 - A | A

Álcool & Pâncreas: relações perigosas

A dor é intensa e dura de muitas horas a vários dias. Na medicina, a dor é classificada como uma das mais fortes

ROBERTO BARRETO

 

Arquivo pessoal

Dr. Roberto Barreto

 

A ingestão de mais de 100 ml de álcool por dia durante vários anos pode provocar a obstrução dos pequenos canais pancreáticos, o que pode acarretar o desenvolvimento de uma pancreatite aguda. Estudos revelam que a taxa de mortalidade de pacientes com pancreatite alcoólica é cerca de 36% mais elevada do que para a população geral.  A pancreatite atinge homens e mulheres e costuma aparecer após os 40 anos, sendo a idade média do primeiro diagnóstico aos 48 anos.

 

A pancreatite (inflamação do pâncreas) aguda é um quadro grave e muitas vezes exige que o indivíduo se dirija ao serviço de pronto-atendimento por conta de uma dor abdominal intensa. A repetição de quadros de pancreatite aguda pode levar à pancreatite crônica, com mal funcionamento do pâncreas de forma irreversível, o que causa outros problemas para a saúde.

 

Em indivíduos que não abusam do álcool a pedra na vesícula é a causa mais provável. O problema é que as pedras na vesícula, às vezes, são muito pequenas (microlitiasre de vesícula) por isso o ultrasom - que é o exame de escolha para o diagnóstico - não consegue visualizar estas pequenas pedras e dessa forma a pancreatite fica sem causa aparente o que torna os pacientes susceptíveis às novas crises de pancreatite. O aparecimento da ecoendoscopia mudou a história destas pancreatites sem causa definida, pois a eco consegue diagnosticar estas pequenas pedras da vesícula e com isso os indivíduos são encaminhados para a cirurgia de retirada da vesícula e consequentemente não terão mais crises de pancreatite e, portanto não correrão risco de morte. O Centro de Endoscopia de Cuiabá (CEC) é pioneiro na ecoendoscopia no Estado de Mato Grosso e realiza o tratamento há nove anos.

 

Normalmente o principal sintoma é uma dor abdominal. Algumas vezes, a dor é intensa e dura de muitas horas a vários dias. Na medicina, a dor é classificada como uma das mais fortes. Em ambos os padrões, à medida que a pancreatite crônica evolui, as células que secretam enzimas digestivas são lentamente destruídas e, finalmente, a dor desaparece. Como a quantidade de enzimas digestivas diminui, o alimento é absorvido inadequadamente e o indivíduo pode evacuar fezes volumosas e fétidas.

 

Sabe-se que não é possível impedir completamente a pancreatite causada por pedra na vesícula, mas pode reduzir o risco se manter um peso saudável, com uma dieta equilibrada e praticando exercício físico regular. Também pode reduzir a chance de ter pancreatite ao não ingerir bebida alcoólica. A quantidade de álcool necessária para causar pancreatite varia de uma pessoa para outra. Fumar também pode aumentar as chances de ter pancreatite. Enfim, manter uma razoabilidade na alimentação e na ingestão de bebidas alcoólicas ainda é a melhor prevenção.

 

*ROBERTO BARRETO é presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia Digestiva em Mato Grosso (Sobed-MT) e diretor técnico do Centro de Endoscopia de Cuiabá (CEC). 

 

Os artigos assinados são de responsabilidade dos autores e não refletem necessariamente a opinião do site de notícias www.hnt.com.br

 

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