A deputada estadual e vice-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), Janaína Riva (MDB), classificou Selma Arruda (PODE) como a “senadora do Bolsonaro” ao tratar sobre uma possível nova disputa ao Senado Federal.
A parlamentar apontou também que, da mesma forma como a juíza aposentada se elegeu “puxando” votos do presidente, um candidato do Partido Social Liberal (PSL) também pode usufruir das mesmas vantagens na próxima eleição.
Selma, que é juíza aposentada, participou da primeira eleição em 2018 e foi eleita senadora com 678.542 votos.
“A Selma era a senadora do Bolsonaro. Eu não acho que a onda do Bolsonaro acabou, eu ainda acho que o Bolsonaro vai ser muito forte, mas não acho que os votos tenham sido dela [Selma]. Eu acho que os votos foram do candidato do Bolsonaro. E acho que qualquer outro começa a campanha muito à frente se estiver atrelado ao Bolsonaro. Então, eu não acho que isso tenha mudado, mas acho que ela não é mais a senadora do Bolsonaro", pontuou Janaína Riva.
A deputada apontou também sobre a possibilidade de Nelson Barbudo (PSL) conseguir angariar votos por ser correligionário do partido de Bolsonaro: “O Barbudo sai na frente, já falei isso inclusive para ele. Sendo o candidato do Bolsonaro, qualquer um que for, sai na frente”.
A vice-presidente da ALMT falou que há expectativa para abertura da vaga no Senado, contudo, afirmou que os partidos devem aguardar a apresentação dos nomes que entrarão na disputa.
Ainda se referindo à Selma Arruda, Janaina retomou a fala de que a senadora não ganhou a disputa por ser quem ela é. “Ela vai sentir isso agora, porque o candidato do Bolsonaro com certeza ainda tem força. Inclusive, ela está saindo do partido porque não se relaciona bem nem com eles”, disse sobre a saída de Selma do PSL para se filiar ao PODE.
Candidaturas ao pleito podem contar com vantagens partidárias para além do PSL. Janaína Riva aponta que a polarização entre Bolsonaro e o Partido dos Trabalhadores (PT) pode acrescentar positivamente às candidaturas.
“O candidato dele [Bolsonaro], quanto o candidato do PT, eles já saem com uma ramificação de votos, com uma base eleitoral e votos fortes, isso seja da direita ou da esquerda. Eles já saem com um percentual de votos ali que não diminui de 15%, por exemplo, a conta que a gente fez é essa”, finaliza a deputada.
O OUTRO LADO
A reportagem entrou em contato com a assessoria em Brasília da senadora Selma, que afirmou estar avaliando um posicionamento. O espaço segue em aberto.
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AL articula lançar candidato único para vaga de Selma no Senado
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