Além de serem investigados na Operação Regressus por falsificação de estudo e trabalho, os reeducandos Marcio Batista (Nariz de Porquinho) e Marcelo Rocha (Vip) são acusados de lavagem de dinheiro, pois a renda declarada de ambos não corresponde ao padrão de vida mantido. A possível ilicitude dos recursos dos detentos é envesgada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).
O delegado titular da Gerência, Diogo Santana, informou que durante a investigação sobre a falsificação dos atestados também foi identificada a discrepância entre o patrimônio e o estilo de vida ostentado por Vip e Nariz de Porquinho com o rendimento que informam em juízo.
“Vamos investigar isso, porque não identificamos uma fonte licita do dinheiro que eles estão gastando. Por isso há suspeita de delitos”, explica o delegado. Vip ficou conhecido nacionalmente por inúmeros golples aplicados, inclusive se passando por filho do dono da empresa aérea Gol e trabalhando como piloto para trafico de entorpecentes. Porquinho também tem processo por envolvimento com tráfico no Rio de Janeiro, cidade onde também foram cumpridos mandados de busca e apreensão.
De acordo com o policial, os presos utilizavam empresas fantasmas para justificar a movimentação de recursos. Para apurar com mais profundidade a suspeita, foi requerido o bloqueio das contas e a quebra de sigilo bancárias de ambos para averiguar a movimentação desde o ano passado. Ainda não há a definição de valor arrecadado ilicitamente pelos acusados.
Operação Regressus
A operação foi deflagrada na manhã de quarta-feira (25) pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e tem como alvo os presos Marcio Batista (Nariz de Porquinho), Marcelo Rocha (VIP) e o ex-assessor da Segunda Vara Criminal de Cuiabá, Pitágoras Pitágoras Pinto de Arruda. O trio é acusado de envolvimento em fornecimento de atestados falsos de estudo e trabalho para remissão de pena.
Os detentos forneciam os pagavam valores de até R$ 15 mil ao ex-assessor para que fossem confeccionados os comprovantes falsificados apresentados em juízo para a redução dos anos de pena de cada um. Segundo o delegado da GCCO, Diogo Santana, há suspeita de que a fraude tenha ocorrido em pelo menos 35 processos para remissão de pena.
Tais atestados eram fornecidos pela Fundação Nova Chance, Uniorka e Senai de Cuiabá e Várzea Grande, que foram alvos de busca e apreensão e serão investigadas se foram vítimas do esquema ou se tinham funcionários que falsificavam os documentos.
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