Em depoimento prestado na Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), o diretor da Penitenciária Central do Estado (PCE), Revétrio Francisco da Costa, disse ter sido “enganado” por policiais militares quando atendeu um pedido para que autorizasse a entrada na unidade de uma caminhonete, que transportava um freezer, no dia 6 de junho. O diretor alega que não sabia que dentro do compartimento estavam escondidos 86 aparelhos celulares. O testemunho do agente foi presidido pelo delegado Frederico Murta.
Esses policiais seriam Cleber de Souza Ferreira, Ricardo de Souza Cavalhaes de Oliveira e Denizel Moreira dos Santos Júnior. Eles foram presos na manhã de terça-feira (18), durante a Operação Assepsia da GCCO. Além deles, foram detidos Revétrio e o subdiretor Reginaldo Alves dos Santos. Já os detentos Paulo Cezar da Silva, conhecido como Petróleo, e Luciano Mariano da Silva, conhecido como Marreta, tiveram mandados de prisão cumpridos em seu desfavor.
A oitiva, segundo a GCCO, foi realizada na mesma noite da apreensão dos aparelhos telefônicos. O diretor foi levado à sede da unidade policial após os agentes penitenciários da guarda do presídio relatarem que Revétrio ordenou que não fosse registrada a entrada de uma caminhonete que trazia um freezer em sua cabine.
No depoimento, Revétrio disse ainda que combinou com os policiais por meio de um aplicativo de mensagens da entrada de um freezer na unidade. No entanto, o diretor contou que apenas sabia informar que um dos policiais seria um tenente conhecido como “Ferreira” e outros duas praças, sendo um deles chamado “Ricardo”.
Revétrio confirmou ainda que o freezer seria destinado ao Petróleo, um dos líderes da maior facção criminosa de Mato Grosso Comando Vermelho (CVMT).
Depois do depoimento, o celular de Revétrio foi apreendido. No aparelho, os policiais encontraram conversas entre Revétrio e o policial militar Ricardo de Souza. Além disso, o diretor foi visto em uma reunião com os três PM’s (à paisana) dentro da unidade. Os militares justificaram que estavam sem farda, porque estariam fazendo um serviço de Inteligência, segundo a Polícia Civil.
Prisões
Depois da prisão, os diretores foram encaminhados ao Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). O policial Kleber foi levado ao 3º Batalhão da Polícia Militar. Já Ricardo e Denizel foram levados ao Batalhão de Operações Especiais (Bope).
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Zorro 19/06/2019
Pelo que tramita vai terminar em pizza.
1 comentários