O tenente da Polícia Militar Cleber de Souza Ferreira estava preocupado com a apreensão de 86 celulares na Penitenciária Central do Estado (PCE) e com a pistola 9 mm que foi objeto de investigação da “Operação Coverage”, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), na manhã de quarta-feira (21).
A preocupação do policial teria sido demonstrada em uma conversa que o militar teve com a sua namorada no WhatsApp. À mulher, que também é militar, Cleber relatou que estava apreensivo com dois “QTCs”, jargão militar usado para se referir a uma ocorrência.
Em um print, que a reportagem teve acesso, é possível ver o diálogo entre o casal. A militar chega a elogiar Cleber, mas em seguida, relata estar passando por problemas psicológicos. Porém, na imagem, não consta qual é a dificuldade discutida pelo casal.
“Você é uma pessoa maravilhosa, correto, digno, tem uma carreira toda pela frente, eu sei disso...Mas isso não supri minhas dificuldades psicológicas nesse momento”, escreveu a mulher.
Logo depois, o tenente concorda sobre a dificuldade do momento. “Eu sei que não é fácil”, concorda o oficial. Em seguida, Cleber tentar convencer a namorada sobre a resolução do caso. “Mas, estou tentando resolver”, relata em outra mensagem.
A seguir, Cleber relata preocupação sobre os casos em que é investigado. “Esse 'QTC' da arma. Agora esses celulares”, relatou. Por fim, a mulher alega que não está mais aguentando o suposto problema. “Eu não estou mais suportando”, completou.
Essas informações foram extraídas do celular do oficial quando o aparelho foi apreendido durante a “Operação Assepsia”, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), no dia 18 de junho.
Diálogo que chamou atenção de investigadores: "Esse 'QTC' da arma. Agora esses celulares".
Além de Cleber, os policiais prenderam o sub-tenente Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira, o cabo Denizel Moreira dos Santos Júnior, o diretor da penitenciária Revétrio Francisco de Souza, o subdiretor Reginaldo Alves dos Santos, o “Peixe”, o detento Paulo César da Silva (Petróleo), e Luciano Mariano da Silva (Marreta).
Além do mandado de prisão, os agentes cumpriram mandado de busca, a qual foram apreendidos, o celular, uma arma de 9 mm, de marca Glock, e o registro do tenente Cleber.
Depois da apreensão, o aparelho foi encaminhado à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), onde foram realizadas extrações de conversas do aplicativo WhatsApp.
Desses diálogos, os policiais descobriram um suposto grupo criminoso composto pelo próprio tenente Cleber, tenente Thiago Satiro Albino; tenente coronel Marcos Eduardo Ticianel Paccola e o tenente coronel Sada Ribeiro Parreira, alvos da Operação Coverage.
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Crítico 23/08/2019
MT vale td! Tem anuência do TJMT!
Marcinho 23/08/2019
Quantos e quantas pessoas estão envolvidos, com coisa, errada....si bem que estavam fazendo favor pra sociedade....
2 comentários