Adulteração na numeração do chassi, placas e motor são as fraudes mais comuns encontradas pelas forças de segurança. Os veículos modificados são usados como moeda de troca por drogas na Bolívia quanto para revenda interna em Mato Grosso. A informação é do perito criminal e especialista em perícia veicular, Luís Antoniacomi, que somente no ano passado realizou 91 perícias em carros apreendidos pelas Polícias Civil, Militar e Grupo Especial de Fronteira (Gefron). Além dele, outros três peritos atuam na verificação veicular de Cáceres a Comodoro e de Vila Bela da Santíssima Trindade até Rio Branco.
Reprodução
De janeiro a julho deste ano, 752 carros foram roubados em Cuiabá e Várzea Grande e 253 foram furtados nas duas cidades, de acordo com os dados da Polícia Civil. Os alvos são veículos como Gol, Hillux, Onix, HB20, Uno, dentre outros modelos populares.
Ele ministrou curso de “Identificação e Adulteração Veicular” durante dois dias em Mirassol D´Oeste, e foi promovida pela Delegacia de Polícia da cidade, com certificado da Academia da Polícia Judiciária Civil (Acadepol). Cerca de 50 policiais participaram da capacitação.
“Quem faz a abordagem inicial é a polícia e é importante que eles consigam fazer essa triagem inicial para analisar possíveis fraudes seja em documentos, ou em uma análise nos vidros, no chassi, na placa, até as adulterações próximas a perfeição”, destacou o perito criminal.
Os policiais puderam aprendem mais sobre Noções de Documentoscopia, Falsidade Documentais, Adulterações de Sinais Identificadores de Veículo Automotores, Identificação Veicular, Perícia Técnica Aplicada à Fraude Veicular (módulo prático).
A perícia veicular é uma das áreas mais bem articuladas no país por utilizar um sistema que cruza informações entre os 26 estados e o Distrito Federal.
Além do perito criminal Luis Antoniacomi, o inspetor da PRF Leonardo Ramos também ministrou o curso.
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