A caminhonete Ford Ranger (placa APW-6426), que foi usada para entregar um freezer “recheado” com 86 celulares, carregadores e fones de ouvido, na Penitenciária Central do Estado (PCE), é de propriedade de um detento e um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho (CVMT), Luciano Mariano da Silva, conhecido como “Marreta”. A informação consta na decisão dos pedidos de prisão da Operação Assepsia, deflagrada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), na terça-feira (18).
De acordo com a investigação policial, após a descoberta da propriedade do veículo, uma pessoa ligada a família de Marreta prestou depoimento na GCCO e contou que a caminhonete ficava sob os cuidados do sogro de Luciano.
“Após tomar conhecimento de como teria ocorrido a entrada do objeto da unidade, a Autoridade Policial logrou êxito em identificar o veículo utilizado para o transporte do freezer (Ranger – APW-6426) como sendo de propriedade de LUCIANO MARIANO DA SILVA, vulgo “Marreta”, outra liderança do COMANDO VERMELHO”, diz trecho da relatório da GCCO, qual o HNT / HiperNotícias teve acesso com exclusividade.
O veículo, segundo as investigações, estava carregando um freezer em sua cabine. Após a entrada na unidade penitenciária, o refrigerador seria levado à sala do diretor e em seguida, seria reencaminhada à cela de outro líder da facção, Paulo César da Silva, conhecido como “Petróleo”. As informações constam no relatório da Polícia Civil.
Segundo imagens do circuito interno de segurança da PCE, o carro chega a unidade penitenciária às 13h49. Em seguida, o refrigerador é deixado no local e o motorista da caminhonete se retira do presídio, sem qualquer tipo de registro.
No entanto, uma agente penitenciária, que é chefe da equipe da guarda do presídio, questiona os colegas sobre o freezer que estava na guarda. Em seguida, ela é informada que o refrigerador é de responsabilidade do diretor do presídio, Revétrio Francisco da Costa, e seria destinado ao Petróleo.
No entanto, a servidora determinou, como parte do procedimento operacional padrão, que o objeto fosse submetido ao exame de scanner corporal antes de ser transportado para a sala do diretor. No entanto, durante o trabalho, teria notado uma “anormalidade” no objeto e por isso realizou a vistoria por cerca de quatro vezes.
Depois da quarta tentativa, a agente encontrou os aparelhos telefônicos, carregadores e fones de ouvido.
Prisões
Além de Revétrio, foram presos pela Polícia Civil, o subdiretor Reginaldo Alves dos Santos e os policiais militares, Cleber de Souza Ferreira, o subtenente Ricardo de Souza Carvalhaes de Oliveira e o cabo Denizel Moreira dos Santos Júnior.
Eles são suspeitos de facilitares a entrada dos celulares no presídio. Os diretores encontram-se no Centro de Custódia de Cuiabá (CCC). Enquanto que Cleber está no 3º Batalhão e as praças no Batalhão de Operação Especiais (Bope).
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Agente 21/06/2019
Quem vai dar uma medalha pro guerreiro que interceptou esses 86 telefones? Parece óbvio que telefones de inimigos eram apreendidos, enquanto o grupo do marreta era beneficiado.
1 comentários