A retomada dos combates levanta dúvidas sobre a autoridade do presidente interino da Síria, Ahmed al-Sharaa, que derrubou o regime do ditador Bashar Assad, em dezembro. Sharaa tenta passar uma imagem de moderado, para obter reconhecimento e apoio internacional, mas vem enfrentando dificuldades também com as minorias curda e alauíta.
Ontem, cerca de 200 combatentes beduínos entraram em confronto com grupos drusos armados usando metralhadoras e projéteis. O Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que monitora a guerra civil, também relatou combates e "bombardeios em bairros da cidade de Sweida".
Violência
Em comunicado, o governo sírio pediu a "todas as partes que demonstrem moderação e optem pela razão" e afirmou que "as autoridades competentes estão trabalhando no envio de uma força especial para pôr fim aos confrontos e resolver o conflito" na cidade.
Mas a capacidade de ação da Síria parece limitada por Israel. Ontem, governo israelense restringiu a entrada das forças de segurança sírias na Província de Sweida. "Em vista da instabilidade contínua no sudoeste da Síria, Israel concordou em permitir a entrada limitada das forças de segurança no distrito de Sweida", disse um comandante militar israelense, que preferiu não ser identificado, em entrevista à agência Reuters.
Segundo informações da Associated Press, o comando militar sírio estava negociando um acordo com facções drusas para que as forças de segurança entrassem novamente em Sweida para interromper os combates.
Nos últimos dias, grupos tribais de toda a Síria vêm se reunindo em vilarejos nos arredores de Sweida para reforçar os beduínos, cuja inimizade de longa data com os drusos explodiu na semana passada em uma onda de violência.
Acordo
"O deslocamento de combatentes tribais para a Província de Sweida foi facilitado pelas forças do governo sírio, porque as tropas oficiais não podem ser deslocadas para Sweida nos termos do acordo de segurança com Israel", disse o OSDH, em comunicado. O governo israelense prometeu proteger os drusos sírios em razão da ligação histórica e cultural com cerca de 130 mil drusos israelenses. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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