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Justiça Terça-feira, 30 de Agosto de 2016, 15:05 - A | A

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Terça-feira, 30 de Agosto de 2016, 15h:05 - A | A

"AL NÃO CUMPRE SEU PAPEL"

Riva confessa que recebeu R$ 2,5 milhões e confirma desvios na gestão Silval

JESSICA BACHEGA/RAYANE ALVES

O ex-deputado José Riva (sem partido) confirmou, na tarde desta terça-feira (30) em depoimento à juiza Selma Arruda, que recebeu R$ 2,5 milhões do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O dinheiro, fruto de propina, teria sido repassado pelo empresário e delator do esquema, Williams Paulo Mischur, dono da Consignum.

 

Riva foi o primeiro a depor, nesta tarde, na operação Sodoma II, na qual ele é um dos investigados. Conforme a denúncia, o empresário pagava R$ 500 mil mensais para que seu contrato com o Estado fosse mantido. A propina, que era direcionada à organização, foi encaminhada ao ex-deputado para financiamento da sua campanha a governador.

 

O pagamento também faria parte de uma dívida relacionada à compra de uma fazenda adquirida em sociedade entre Riva e Silval.  O combinado era cada um pagar a metade. Porém, Silval não cumpriu sua parte e ficou devendo o valor para Riva. Por isso, Riva contou que cobrou Silval, que o indicou a falar com Willians Mischur.

 

"Faltavam cinco meses para que Mischur encerrasse o contrato com o Estado e ele iria passar esse dinheiro para mim. Eu não quis pegar vários cheques e pedi para receber tudo junto", narrou.

 

Segundo Riva, parte do dinheiro foi para pagar empréstimos que ele fez para cobrir os pagamentos da fazenda e parte usada na sua campanha.

 

Diante do que acontecia, Riva afirmou em seu depoimento que o que "mais se via nas secretarias eram desvios.  A Consignum é exemplo disso. Infelizmente a Assembleia não cumpre e nao cumpria seu papel", alegou.

 

OPERAÇÃO SODOMA

Na primeira fase da Operação Sodoma, oito membros da organização foram indiciados pela Polícia Judiciária Civil e sete deles denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE). Os envolvidos responderão por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Entre os indiciados e denunciados estão o ex-governador Silval da Cunha Barbosa e os ex-secretários Pedro Jamil Nadaf e Marcel Souza de Cursi, e seguem presos por ordem da Justiça.

 

O ex-governador Silval Barbosa foi apontado como chefe do esquema criminoso montado para desviar recursos do erário público, com a finalidade de pagar despesas de campanha política de sua reeleição e angariar recursos decorrentes do pagamento de propina. A execução de tarefas específicas foi determinada a pessoas de sua extrema confiança, com acesso direto ao palácio do Governo, entre elas Marcel Souza de Cursi, inicialmente como secretário adjunto de Receita Pública e posteriormente nomeado como secretário de Fazenda.

 

As investigações constataram que a antiga Secretaria de Estado da Indústria e Comércio, Minas e Energia (Sicme), atual Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec), concedeu incentivos fiscais, via Prodeic, de forma irregular para empresas. 

 

Já na segunda fase da operação, ocorrida em 11 de março de 2016, a Defaz cumpriu 11 mandados de buscas e apreensão, cinco mandados de prisão preventiva e cinco mandados de condução coercitiva. Membros da organização criminosa foram investigados quanto a utilização de recursos provenientes do pagamento de propina e lavagem de dinheiro.

 

Tiveram mandados de prisão cumpridos os ex-secretários  Pedro Jamil Nadaf (Indústria e Comércio), Marcel Sousa de Cursi (Fazenda), ambos presos na primeira fase; o ex-secretário César Roberto Zílio (Administração); o empresário Willian Paulo Mischur (Consignum – empresa de empréstimo consignado para servidores públicos); e Karla Cecília de Oliveira Cintra, assessora direta de Pedro Nadaf, que na primeira fase da operação Sodoma teve medida cautelar para uso de tornozeleira eletrônica decretada e e depois expedida ordem de prisão.

 

Por fim, a terceira fase da Sodoma foi deflagrada no dia 22 de março e teve como alvo novamente  o ex-governador do Estado, e também o ex-secretário de administração, Pedro Elias Domingos de Mello e o ex-chefe de gabinete do governador Silval Barbosa, Silvio Cezar Correa de Araújo. Um mandado de busca e apreensão domiciliar foi cumprido em desfavor de Pedro Elias.  

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