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Justiça Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2017, 07:35 - A | A

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Quarta-feira, 22 de Fevereiro de 2017, 07h:35 - A | A

ANTRO DA PROPINA

Quatro secretários de Administração de Silval Barbosa foram parar atrás das grades por corrupção

JESSICA BACHEGA

O rombo aos cofres públicos descoberto na Operação Sodoma, que investiga lavagem de dinheiro, cobrança de propina e peculato, foi comandado de dentro do Palácio Paiaguás, com ordem do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Porém, de todos os 15 secretários de Silval que foram presos em pouco menos de dois anos, quatro chefiaram a Secretaria de Administração. Lá seria o núcleo das cobranças e ameaças realizadas pela organização criminosa. Tanto, que quatro secretários que passaram pela pasta acabaram parando atrás das grades. São eles: Pedro Elias, Cesar Zilio, Francisco Faiad e José Nunes Cordeiro. 

 

 

Reprodução/HiperNoticias

pedro, cesar, faiad e jose

 

Silval Barbosa geriu o Estado entre os anos de 2011 a 2014 e durante todo o período houve o esquema de corrupção, conforme denúncias do Ministério Público Estadual (MPE).

 

O réu Cezar Zílio permaneceu a frente da pasta entre os anos de 2011 e 2012 e é acusado de receber propina de empresários. Na decisão da juíza Selma Arruda referente às prisões e conduções coercitivas da Operação Sodoma 5, consta que o empresário Juliano Volpato, do posto de combustíveis Marmeleiro, certa vez foi chamado à sala do então secretário que disse á ele que “não estaria no governo á toa e que deveria trabalhar para o governador Silval Barbosa”.

 

Logo após a afirmação, o secretário cobrou R$ 70 mil ao empresário para que o Estado efetuasse o repasse de valores atrasados referentes ao fornecimento de combustíveis. Caso contrário não receberia os valores devidos nem os que ainda estavam por vencer.

 

Já no ano de 2013, o chefe da Pasta era o advogado e ex-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Mato Grosso, Francisco Faiad, que está preso na sede do Corpo de Bombeiros. Segundo o MPE ele autorizou renovação de ilegal de contrato junto a empresa Saga, pactuando com a cobrança de propina e se beneficiando com os desvios. 

 

De acordo com a decisão, Faid recebeu cerca de R$ 192 mil da propina paga pela empresa ao grupo criminoso.

 

No ano de 2014, Pedro Elias estava à frente da Pasta. Ele era adjunto da pasta no ano anterior. Com a promoção, ele ficou responsável pela cobrança da propina e confessou, em sua delação premiada que recebeu os valores indevidos dos empresários e os repassou para o assessor de Silval, Silvio Cesar Correa, homem de confiança do ex-governador.

 

“Consta, portanto, que César Zílio recebeu propina entre outubro de 2011 a dezembro de 2012, e Francisco Faiad teria recebido entre janeiro a dezembro de 2013, e Pedro Elias de janeiro a dezembro de 2014”, consta na decisão. 

 

Outro réu lotado na pasta era o coronel aposentado José de Jesus Nunes Cordeiro, considerado o “braço armado” de Silval. Cabia a ele cobrar a pressionar os empresários para pagar a propina. O empresário Willians Paulo Mischur, dono da empresa Consignum chegou a relatar que foi ameaçado pelo adjunto em uma das conversas. “Segundo esta testemunha, quando se negou a pagar propina, José de Jesus Cordeiro teria lhe advertido que um caminhão poderia passar em cima de seus filhos”, narra trecho da decisão.

 

 

O empresário Juliano Volpato também registrou em juíza uma possível ameaça sofrida a amando do grupo. Em certa ocasião ele foi abordado por um motociclista que disse á ele “rapaz, dá um jeito de ficar bem quietinho por ai, pois o primeiro que vai é seu filho". José Cordeiro é acusado de receber R$ 80 mil dos desvios.

 

De acordo com a juíza nas cobranças de propina das empresas saga e Marmeleiro o grupo causou um dano ao erário Estadual no volume de   R$ 5.855milhões durante os quatro anos em que Silval foi governador.

 

Em todas as cinco fases da Operação Sodoma, desencadeadas ao longo de 17 meses, 15 secretários da gestão Silval Barbosa foram investigados.

 

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