A Acusação contra o defensor público David de Brandão Martins, de que ele teria entregue aparelhos celulares ao preso João Henrique Bezerra, durante uma audiência de custódia, na última segunda-feira (15), vai aos poucos perdendo consistência.
Depois de a Defensoria Pública se manifestar referendando a trajetória e conduta de Brandão Martins, agora é a OAB-MT que reconhece o histórico do Defensor.
Ele defenderia o detento, que está preso acusado de roubo, mas no momento da audiência de custódia, uma advogada, identificada como Elvira kelli Almeida Cruz, se apresentou para, a partir daquele momento, defender o preso, o que seria uma decisão da família de João Henrique.
Elvira então, conforme o defensor, se reuniu em particular com o preso que posteriormente, após o término da audiência, foi flagrado com aparelhos celulares presos à cintura. João Henrique Bezerra disse, então, que foi o defensor que lhe repassou os aparelhos.
A advogada Elvira Kelli, todavia, já estampou páginas policiais do noticiário mato-grossense, há cerca de 5 anos, quando foi presa ao tentar entrar no presídio, com mais de 200 chips de aparelhos celulares. Veja aqui.
Quanto ao currículo e histórico do defensor, o presidente da OAB-MT, Leonardo Campos, disse que “a Ordem sabe de sua integridade e sua idoneidade e que é uma pessoa respeitada e conceituada”.
David de Brandão não acusa diretamente a advogada de ter entregue os celulares ao preso, mas garante que ele é o principal interessado em esclarecer os fatos e que já está tomando providências nesse sentido, partindo da confecção de um Boletim de Ocorrências (BO).
Assim, independentemente de a polícia comunicar a OAB-MT sobre a suspeita de que a advogada Elvira Kelli Cruz passou aparelhos celulares ao preso, um processo disciplinar será instaurado e, se for comprovado o ato criminoso, Elvira poderá ser punida de acordo com o que é determinado e especificado no Código de Ética e Disciplina, que vai de censura a suspensão preventiva do exercício da advocacia, conforme o presidente da Ordem,
“Quando a Ordem instaurar o processo para apurar a conduta da advogada, obviamente que vai garantir o direito da ampla defesa e do contraditório. Funciona assim: a autoridade policial encaminha para gente, vamos instaurar o competente processo ético, para avaliar a conduta dela. Se for comprovado que a advogada passou os celulares para o preso, obviamente que ela sofrerá as punições especificadas no nosso código de ética e disciplina, que vão de censura a suspensão preventiva. Advogado que leva celular ou qualquer outro objeto para dentro de presídios e havendo a comunicação da autoridade policial, nós não toleramos. A Ordem tem sido muito rígida nesse sentido e nesse caso não vai ser diferente”, garantiu Leonardo Campos.
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