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Justiça Terça-feira, 25 de Junho de 2019, 11:30 - A | A

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Terça-feira, 25 de Junho de 2019, 11h:30 - A | A

“VOZ DO BAIRRO”

Juiz condena líder do CV responsável por autorizar roubos em VG

KHAYO RIBEIRO

O juiz Jorge Tadeu Luiz Rodrigues, da Sétima Vara Criminal, condenou à prisão Adriano Carlos da Silva, um dos líderes da facção criminosa Comando Vermelho é responsável por autorizar roubos em Várzea Grande. A pena de oito anos e dez meses de reclusão do réu será cumprida, inicialmente, em regime fechado, como consta na decisão do magistrado. O caso foi julgado no dia 11 de junho, mas o resultado só foi divulgado na segunda-feira (25), no Diário Eletrônico de Justiça (DJE).

Juiz Tadeu condena Adriano Carlos da Silva

 Adriano Carlos (no detalhe da foto), foi condenado pelo juiz Jorge Tadeu Luiz Rodrigues

A decisão do magistrado foi baseada na denúncia do Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPMT), que apontava “Fusca”, como o condenado é popularmente conhecido, quem preparava e distribuía drogas. Além disso, Adriano Carlos era a “voz do bairro”, uma vez que estava sob sua responsabilidade fazer a mediação entre o Comando Vermelho e seus subordinados, pregando a “ideologia da facção”.

A comprovação das denúncias do MPMT se efetivaram com os dados obtidos do celular de “Fusca” e no relatório final do inquérito da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO). Na época de sua prisão, Adriano Carlos negou que fizesse parte da organização criminosa e disse que o telefone encontrado estava quebrado e as conversas contidas no aparelho seriam antigas.

Contudo, como apontou o testemunho do delegado Luiz Damasceno, à frente da GCCO, a polícia havia interceptado conversas do celular oito dias antes da apreensão do aparelho. Assim, restava descartado o argumento de que o telefone não era utilizado há tempos. 

Nas conversas obtidas no aparelho, fica evidente que o réu representava um alto cargo hierárquico dentro da facção. Nos áudios, apps afirmam que ele atua no tráfico há mais de 20 anos, “Fusca” cria um grupo no WhatsApp e utiliza um rádio para monitorar a entrada da polícia no bairro. A liderança também anuncia a venda de armas de fogo, autoriza ações criminosas e passa o número de matrícula de um novo membro do Comando Vermelho. 

Ficou comprovado, também, que “Fusca” era o responsável por fazer “assistência social” no bairro, por meio da doação de itens de necessidades básicas aos moradores. Ao realizar as ações, ele tinha que filmar os populares recebendo os materiais e encaminhar para outras lideranças da facção.

Diante das evidências, o juiz Jorge Tadeu condenou Adriano Carlos a cumprir oito anos e dez meses de prisão por delitos praticados em organização criminosa e associação para a prática de tráfico de drogas. A decisão foi baseada nos termos do artigo 33, do segundo e terceiro parágrafos do Código Penal. O tempo de reclusão deverá ser cumprido, inicialmente, no regime fechado. 

Histórico 

Adriano Carlos foi preso em 28 de novembro de 2018, após a deflagração da Operação Domínio, que visava reforçar o domínio do Estado sobre qualquer ordem paralela.

À época, Adriano foi preso em força-tarefa composta pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, por meio da GCCO, Polícia Federal, Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh). Na ação, foram cumpridos cinco mandados judiciais (uma prisão e quatro buscas e apreensão).

Na data da prisão, o delegado Luiz Henrique concedeu uma entrevista ao HNT/HiperNotícias, dizendo: “Ele [Adriano] controlava biqueiras e fazia cadastro de matrículas de novos membros de uma facção criminosa. Ele exercia uma liderança muito forte na região. Existem informações no inquérito de que outros criminosos pediam autorizações para ele para praticar roubos e outros crimes, deixando claro a posição dele de líder”.

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