O irmão do ex-governador Silval Barbosa, Antonio Barbosa, afirma que recebeu cerca de R$ 710 mil em propina paga por empresa fornecedora de lacres para o Departamento Estadual de Trânsito (Detran). A informação consta na delação de Antonio, na qual ressalta que a propina foi negociada pelo deputado Mauro Savi e seria dividida com o ex-chefe do Executivo.
Marcos Lopes/HiperNotícias
O deputado Mauro Savi e o ex-governador Silval Barbosa
Conforme o delator, em 2011 foi procurado pelo ex-secretário adjunto da Fazenda, Vivaldo Dias, sob o pretexto de saber se Silval estava recebendo o valor da propina paga pela empresa de lacres. Dias alertou Antonio que o valor arrecadado girava em torno de R$ 65 mil a R$ 80 mil e seria dividida entre Savi e Silval.
A propina era passada pela fornecedora de lacres a uma empresa de Vivaldo Dias e repassado a Mauro Savi. O delator respondeu ao adjunto que não sabia de nada do assunto e buscou informações junto ao irmão.
O delator conta no documento que não estava recendo nada, mas como o valor estava sendo recebido em seu nome, autorizou o irmão a pegar “sua cota” para sanar despesas de campanha.
Diante da ordem, Vivaldo passou e entregar a cota de Silval, em torno de R$ 30 a R$ 40 mil, para Antonio Barbosa. Entre os anos de 2011 e 2014 foram feitos cerca de 12 pagamentos. Em 2014 o contrato da empresa com o Detran foi rompido e os repasses suspensos.
Antonio Barbosa relata que parte do dinheiro foi recebido por meio de Vivaldo e outra parte pelas mãos dos empresários donos da empresa de lacres. Que, ao todo, o delator recebeu em torno de R$ 710 mil.
A assessoria de imprensa do deputado Mauro Savi foi procurada e infomou que o parlamemtar nega envolvimento com os fatos narrados pelos delatores e se coloca a disposição para esclarecimentos.
Confira nota
O deputado estadual Mauro Savi esclarece sobre as declarações do ex governador Silval Barbosa.
O parlamentar lembra que a citação quanto a seu nome não possui nenhuma prova, tratando de informações prestadas em termo de colaboração premiada.
O deputado se coloca a disposição da justiça para qualquer esclarecimento
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