Uma força tarefa entre a Diretoria de Inteligência da Polícia Civil de Mato Grosso, a do Estado de Goiás e a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) conseguiu localizar e prender, na tarde de quarta-feira (21), o assassino confesso Marcos Paulo Liberato da Silva. Ele afirmou ter matado uma jovem estrangulada, além de ter usado uma enxada para quebrar sua cabeça.
Reprodução
Mulher é encontrada amarrada e espancada no bairro Santa Laura
O acusado estava foragido desde a manhã seguinte do crime, que aconteceu no dia 3 de março deste ano, no bairro Santa Laura, em Cuiabá. Ele foi preso no município de Aparecida de Goiânia (GO), ao deixar a casa de um amigo.
Marcos Paulo confessou o crime aos agentes que fizeram a detenção. De agora em diante a delegada Juliana Chiquito Palhares, responsável pelas investigações, o aguarda em Cuiabá para dar continuidade ao inquérito do caso.
O assassino ainda informou que trabalhava com o tráfico de drogas, por cerca de oito meses, quando morava em Cuiabá.
Os policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) deve recambiar o rapaz para Cuiabá ainda essa semana para proceder com o interrogatório e fazer a condução do suspeito para Mato Grosso.
PJC
Marco Paulo Liberato assassino confesso
O caso
O crime chocou a população cuiabana na época do acontecimento, e, até hoje, é considerado um dos casos de feminicídio mais brutais registrados em Mato Grosso.
A vítima, identificada como Lucinete Maria da Silva, foi encontrada amarrada, pelos braços e pés, com cabos dos mais variados tipos, como de ferro de passar roupa, barbante, fio de varal e cabos de energia. Ela também apresentava diversas marcas de espancamento pelo corpo.
O estado da mulher chegou a ser comparado como o de um animal morto. “Ele amarrou o corpo unindo o pescoço e a perna, igual caçadores fazem com bicho”, observou a delegada à época.
Conforme a delegada, o assassino utilizou um cabo de enxada para bater na cabeça da vítima, que sofreu traumatismo craniano.
A cena do crime revelava que ambos tiveram relação sexual momentos antes, o que ter sido um ato consentido ou não.
Vizinhos relataram que o casal havia discutido e, logo após, não puderam ouvir nada mais, já que o assassino tomou o cuidado de ligar o som no volume máximo, para abafar os gritos da vítima.
O crime aconteceu na casa do suspeito e foi descoberto pelo tio de Marcos, que, quando chegou ao endereço, ainda encontrou o som ligado.
O tio de Marcos chegou a dizer à polícia que o acusado sofre de problemas mentais. Segundo ele, o pai do assassino tem esquizofrenia. No entanto, apenas exames podem comprovar o estado clínico.
A identificação da vítima foi feita por familiares de Lucinete. Na época, eles informaram desconhecer qualquer ligação entre a moça e o acusado. Segundo eles, nem mesmo amigos eles eram, já que o nome do homem nunca foi mencionado nas reuniões da família.
A delegada responsável pelo caso já iniciou os procedimentos de interrogatório, e acredita que a origem de novos crimes possa ser desvendado com o depoimento do suspeito.
Leia mais:
Homem usa cabo de enxada para quebrar cabeça de mulher encontrada amarrada e estrangulada
Família reconhece corpo de mulher morta no Santa Laura e suspeito continua foragido