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Quinta-feira, 16 de Março de 2017, 11h:00

Ministro lança hoje em Cuiabá programa Criança Feliz que complementa Bolsa Família

GLAUCIA COLOGNESI

O ministro Osmar Terra, do Desenvolvimento Social e Agrário, está em Cuiabá para lançar o programa Criança Feliz em Mato Grosso. Principal objetivo do projeto é complementar o Bolsa Família do Governo Federal.

 

Da Assessoria

Ministro Osmar terra

 

O programa foi instituído em outubro de 2016, pelo Governo Federal, com a finalidade de promover o desenvolvimento integral das crianças na primeira infância. São diversas ações políticas articuladas nas áreas de assistência social, saúde, educação, cultura, direitos humanos e direito das crianças e dos adolescentes.

 

Em entrevista ao programa Chamada Geral com o jornalista Lino Rossi da Rádio Mega FM, o ministro explicou como funcionará o programa. Segundo Terra, a decisão em se fazer esse programa se baseia em evidências e descobertas da ciência nos últimos 20 anos que vem revelando que não é na escola e nem na idade adulta, mas é nos primeiros dias e meses de vida da criança que ela desenvolve todas as habilidades e competências humanas.

 

É nesta fase que ela desenvolve principalmente as competências emocionais, de controle de impulsos, por exemplo, e a parte afetiva. As pesquisas mostram que todos tem um programa genético e de acordo com os estímulos que a criança recebe é que ela se desenvolve. Por isso que, se a criança for maltratada e negligenciada neste período, ela vai sofrer para o resto da vida. “Criança que nasce com catarata congênita se não corrigir nos primeiros 100 dias de vida não corrige mais, ela vai ficar cega”, alertou o ministro.

 

Os estudos mostram ainda que uma criança da classe média tem a possibilidade de receber mais estímulos e ter maior vocabulário. Essas crianças tem contato com livros e brinquedos adequados, ao contrário das mais pobres. Quando chega aos 4 anos de idade, a criança da classe média tem um vocabulário 20 vezes maior que uma criança que nasceu numa família mais pobre. “A criança de família pobre chega na escola e gera um abismo na capacidade de aprendizagem e isso vai impactar no tempo de escolaridade dessa criança, no emprego que ela terá em atividades mal remuneradas”, frisou o ministro.

 

É para mudar essa realidade, que o programa foi criado. “Nós queremos interferir neste período ajudando as famílias a estimular melhor essas crianças, com equipamentos para essa família fazer isso, ter um acompanhamento semanal em casa com visitação domiciliar. Queremos fazer com que essas crianças se desenvolvam em boas condições, tenham uma boa escolaridade, tenham uma renda melhor que dos seus pais no futuro e possa ajudar a família a sair da pobreza. Então é um programa de Desenvolvimento Humano, mas também de desenvolvimento econômico”, explicou o ministro.