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Quinta-feira, 07 de Novembro de 2019, 09h:21

Começa 2º dia de julgamento de militares no caso dos "grampos"

LUIS VINICIUS

O juiz da 11ª Vara Militar de Cuiabá, Marcos Faleiros, iniciou na manhã desta quinta-feira (7), o 2º dia de audiências de julgamento de cinco militares suspeitos de estarem envolvidos no esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso, denominada "Grampolândia Pantaneira". Os procedimentos estão sendo realizados no Fórum de Cuiabá.

Luis Vini­cius/HiperNotícias

Audiência Grampolândia

Deverão apresentar suas defesas e serem ouvidos, o coronel PM Evandro Alexandre Ferraz Lesco, coronel PM Zaqueu Barbosa, coronel PM Ronelson Jorge de Barros, tenente coronel PM Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

A audiência teve início na tarde de quarta-feira (6). O promotor de Justiça Allan Sidney do Ó Souza pediu a absolvição do coronel Ronelson e do tenente coronel Januário alegando não existir provas da participação dos oficiais no esquema.

Depois do promotor, foi a vez da advogada Tenaressa Aparecida Araújo Della, que patrocina a defesa do tenente coronel Januário, ser ouvida por Faleiros. Como Allan, a profissional pediu absolvição do seu cliente alegando que o oficial não tem nenhuma participação nos crimes da Grampolândia.

Em relação ao coronel Zaqueu Barbosa, Allan pediu a condenação pelos crimes de falsificação de documento público, falsidade ideológica e realização de operação militar sem ordem superior. O promotor alegou continuidade na pratica delitiva, fator que pode aumentar a pena do coronel reservado.

Também foi solicitada a condenação do cabo Gerson por falsificação de documento público e falsidade ideológica, cuja pena pode chegar até 18 anos de prisão.

Arapongagem

O caso das interceptações telefônicas clandestinas emergiram há três anos, e tiveram como principal mote uma denúncia do promotor de Justiça Mauro Zaque, que deixou a Secretaria de Segurança Pública do Estado. Ele revelou o caso, levando-o ao conhecimento do então governador Pedro Taques.

Segundo a denúncia, policiais militares e integrantes da cúpula do Governo do Estado mantinham escutas telefônicas grampeando as linhas de políticos, empresários, juízes e jornalistas.

Para conseguir autorização judicial, os números eram anexados a uma lista para interceptação de pessoas investigadas por tráfico de drogas na Comarca de Cáceres. O esquema também era conhecido como “barriga de aluguel”.

 

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