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Quarta-feira, 09 de Outubro de 2019, 07h:15

Defaz prende nove suspeitos de sonegarem imposto em Mato Grosso

LUIS VINICIUS

(Atualizada às 08:40)- A Delegacia Especializada de Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) deflagra, na manhã desta quarta-feira (9), uma operação denominada "Fake Paper", para cumprimento de mandados de prisão em Cuiabá e no interior de Mato Grosso. A ação policial é comandada pelo delegado Sylvio Vale Ferreira Junior. 

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São três prisões realizadas na Capital e outras seis nos municípios de Barra do Bugres, Sorriso, Canarana, Campo Novo dos Parecis e Juína. 

A ação policial apura uma organização criminosa que através de falsificação de documento público, falsificação de selo ou sinal público e uso de documento falso promoveu a abertura de empresas de fachada, visando disponibilizar notas fiscais frias para utilização de produtores rurais e empresas nos crimes de sonegação fiscal. Além disso, o esquema possibilitou a prática de crimes não tributários, como a fraude a licitação, ou mesmo 'esquentar' mercadorias furtadas ou roubadas.

A Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) constatou que, juntas, as empresas Rio Rancho Produtos do Agronegócio Ltda. e Mato Grosso Comércio e Serviços e a B. da S.. Guimarães Eireli emitiram R$ 337.337.930,11 milhões em notas frias, gerando um prejuízo alarmante ao Estado.

Um dos suspeitos preso é o advogado Anilton Gomes Rodrigues. Ele foi detido no condomínio de luxo, Garden Goiabeiras, localizado no bairro Goiabeiras, em Cuiabá. Ele deverá passar por audiência de custódia ainda na tarde desta quarta-feira.

Os outros alvos da operação ainda estão chegando à Defaz. 

O delegado Sylvio do Vale Ferreira Junior, que preside as investigações, ressalta que a emissão de notas fiscais frias interfere negativamente na base de dados da Sefaz-MT. “Distorcendo as informações sobre produção econômica do estado e, consequentemente, na composição de índices do Fundo de Participação dos Municípios, e no cálculo do Fundo de Participação dos Estados, causando efeitos devastadores ao estado”.

O delegado titular da Defaz, Anderson da Cruz e Veiga, ressalta que “a operação busca apreender documentos, dispositivos móveis e computadores que possam robustecer ainda mais a investigação e integra mais uma ação da Defaz em conjunto com a Secretaria de Estado de Fazenda, no combate aos crimes contra a ordem tributária”.