A Justiça manteve a prisão de Giovanni Zem Rodrigues, apontado como líder da organização criminosa Colibri e genro do ex-comendador João Arcanjo Ribeiro. A decisão, desta quinta-feira (30), é do juiz Jorge Luiz Tadeu Rodrigues, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá. Ainda não se sabe se Giovanni irá para o Centro de Custódia de Cuiabá (CCC) ou para a Penitenciária Central do Estado (PCE).
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Giovanni Zem Rodrigues (E)
“Não tivemos acesso a cópia integral das investigações e dos pedidos que foram feitos, sequer tive condições de conversar com ele amplamente sobre a situação. Assim que eu tiver acesso e conversar, vamos ter uma linha”, disse o advogado de Giovanni à imprensa, Ulisses Rabaneda.
Conforme a decisão da Justiça, Zem teria herdado do sogro a liderança do jogo do bicho e seria seu braço direito nos negócios. As provas indicam que mesmo quando Arcanjo estava preso, a organização criminosa estava em pleno funcionamento.
A quebra de sigilo bancário e fiscal de Giovanni revelou que no período aproximado de um ano e meio, suas contas bancárias movimentaram o valor de R$ 2,7 milhões. Além de contravenções penais, ele também é acusado de ter praticado crime de extorsão mediante sequestro em relação a Alberto Jorge Toniasso.
Zem foi detido na madrugada desta quarta-feira (29) por uma equipe da Polícia Federal ainda dentro do avião no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos (SP). A prisão faz parte da Operação Mantus, deflagrada em cinco munícipios de Mato Grosso, além de Guarulhos, São Paulo.
Outra prisão mantida
O juiz da Sétima Vara também manteve a prisão de Mariano Oliveira da Silva, apontado como gerente no norte de Mato Grosso da Colibri. Residente no município de Sinop, ele implantava o jogo do bicho em várias cidades, a mando de Arcanjo e Giovanni.
A quebra de sigilo bancário e fiscal mostrou várias transferências com outros integrantes da organização criminosa, como a Empresa RR Pago, administrada pelo genro de Arcanjo.