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Quinta-feira, 24 de Janeiro de 2019, 07h:30

Os Gatilhos (parte I)

Lá no Astral superior não existem os gatilhos, lá não são necessários, eles estão aqui, são potencialmente benéficos para nós e começam na infância

EMANUELLE CALGARO*

Mayke Toscano

Emanuelle Calgaro

 

 

É de fundamental importância que saibamos, cada um de nós, porquê voltamos para a Terra, para vivermos mais uma “vida” aqui, para o que foi necessário construir uma “casca”. Não foi para sofrer, para pagar - muitas pessoas ainda apegam-se a conceitos antiquados e equivocados, relativos a castigos, penas, etc., quando, na verdade, estamos aqui porque estamos vinculados, vibratoriamente, a esse Plano, ou seja, a nossa frequência vibratória não é suficientemente elevada que nos permita acessar definitivamente Planos superiores a esse.

De vez em quando vamos para outros Planos, principalmente durante o sono, se estivermos com uma frequência compatível com esses locais, mas no nosso dia-a-dia e nas nossas reencarnações, é aqui que estamos, para, um dia, sairmos daqui e alcançarmos níveis mais elevados consciencialmente.

Para que isso aconteça, para elevarmos nossa frequência, para que nos libertemos deste planeta e deste Plano ainda tão imperfeito, precisamos nos libertar de nossas inferioridades espirituais e então precisamos dos gatilhos, que são as pessoas e situações que encontramos aqui e que nos ajudam a encontrar as nossas inferioridades, e para isso estamos aqui, e vamos e voltamos, vamos e voltamos, que incapacidade essa que nós temos de aproveitar tão pouco nossas encarnações e precisarmos de tantos retornos.

Muitas pessoas perguntam-se por que essa tarefa precisa ser realizada aqui e não lá no Plano Astral superior? Isso é fácil de entender, basta raciocinarmos que isso precisa ser feito em algum lugar aonde existam estímulos para que as nossas imperfeições manifestem-se: são os gatilhos. Para os nossos tipos de inferioridades, aqui é o lugar ideal, aqui estão os fatos (gatilhos) que fazem emergir as nossas inferioridades. E os fatos “negativos”, pessoas ou situações, o que nós não gostamos, são os melhores para isso.

Quando estamos no Astral superior é como quando estamos em nosso Centro Espírita, parecemos todos “santos”, somos pacienciosos, carinhosos e caridosos, os nossos defeitos ocultam-se ou disfarçamos bem, mas quando voltamos para nossa vida cotidiana, aí as nossas características negativas de personalidade voltam a manifestar-se. Podemos raciocinar do mesmo modo para entendermos porque viemos do Plano Astral para cá, de um lugar “melhor”, mais evoluído, para um lugar “pior”, menos evoluído.

Quando estamos lá, pela elevada frequência do local e o consequente estilo de vida vigente baseado na igualdade e na fraternidade, todos gradativamente vamos demonstrando prioritariamente as nossas superioridades e então nos sentimos “santos”, pois as nossas inferioridades ocultam-se, mas elas permanecem latentes, não desaparecem.

Quando descemos novamente para a Terra, pela baixa frequência desse local e pelas condições socioculturais vigentes advindas de todos externarem prioritariamente as suas inferioridades, com exceção dos verdadeiros Santos encarnados, as nossas inferioridades vêm à tona e nós nos confrontamos com elas e é isso que viemos curar em nós.

Lá no Astral superior não existem os gatilhos, lá não são necessários, eles estão aqui, são potencialmente benéficos para nós e começam na infância. Quando os gatilhos são repetitivos, aparecem a todo instante, é porque não estamos melhorando suficientemente rápido. Quando os gatilhos (para aquela inferioridade) começam a escassear é um sinal de que estamos melhorando, naquele aspecto. Para superarmos os gatilhos precisamos entender quem é esse “eu” da frase “eu tenho razão!”. É o nosso velho companheiro, criado quando aqui chegamos pela primeira vez, o Ego, um antigo aliado do nosso Eu Superior que, como Lúcifer, rebelou-se contra seu Senhor e decidiu ter o poder.

Viemos para um Plano inferior para que as nossas inferioridades venham à tona e possamos nos purificar delas.

(*) EMANUELLE CALGARO é Psicoterapeuta Reencarnacionista, formada pela Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista – ABPR. E-mail: [email protected]