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Cuiabanália Sexta-feira, 30 de Outubro de 2015, 10:30 - A | A

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Sexta-feira, 30 de Outubro de 2015, 10h:30 - A | A

GALERIA LAVA PÉS

Novo espaço cultural abre as portas para população mato-grossense

REDAÇÃO

Um novo espaço cultural foi aberto à sociedade mato-grossense na noite desta quarta-feira (28.10). A Galeria de Artes Lava Pés, que funcionará no piso térreo da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), no bairro Duque de Caxias, apresentou em sua inauguração a exposição de Dalva de Barros, em homenagem aos 80 anos da artista plástica, uma das personalidades mais importantes da representação da cultura regional. A cerimônia de abertura contou com a participação do governador Pedro Taques e foi prestigiada por um grande número de populares e artistas. 

 

Andre Romeu/Gcom-MT

Espaço Cultural

 

A inauguração da galeria com as obras de uma artista, ícone da cultura mato-grossense, é motivo de orgulho para Pedro Taques. “É um orgulho para a cultura e arte do estado ter uma artista igual Dalva de Barros, que retratou tão bem a regionalidade, a história política e o nosso patrimônio histórico. A cultura faz com que a gente possa pensar e imaginar de onde viemos e para onde vamos, é a forma de viver de cada cidadão. Temos que preservar esses valores, nossas tradições, dança, música, linguajar e criar mais espaços como esse, para a sociedade mato-grossense”. O governador ainda falou sobre o nome escolhido para a galeria, Lava Pés. “Uma expressão popular entre os cuiabanos, que faz parte da tradição, cultura e história do Estado”. 

 

A homenagem prestada a uma artista em vida é um ponto relevante para o governador, segundo o secretário de Cultura Leandro Carvalho, que destacou o privilégio e responsabilidade de ter o trabalho de Dalva de Barros exposto na abertura da galeria Lava Pés, uma artista que se eternizará pela qualidade e características de sua obra. “Além de ser uma pintora singular, Dalva é uma fonte de inspiração e mestra querida de tantos outros talentos mato-grossenses, com que compartilhou com muita generosidade seu amor pela arte e sensibilidade. Nós rendemos nossas homenagens a essa grande artista e abrimos as portas para que a população possa frequentar este espaço, usufruir do que aqui está exposto. O nosso governador entende a importância da cultura e que espaços nobres e bem localizados como esse devem ser de uso da população”. 

 

No dia em que se celebrou os servidores púbicos, Leandro Carvalho aproveitou a oportunidade para homenagear todos os que prestam serviços à sociedade. “Em menos de um mês, em tempo recorde, este espaço se transformou graças ao empenho extraordinário de nossos servidores, que fez com que fosse possível a inauguração da galeria”. O secretário fez questão de agradecer citando todos que colaboraram diretamente com a conquista. 

 

Cuiabana de nascimento, Dalva de Barros com sua fala tranquila e o desejo de continuar contribuindo para a cultura e história mato-grossense por meio das artes plásticas, declarou estar muito feliz com a homenagem, que aconteceu um dia após seu aniversário de 80 anos. “Foi reconhecido os tantos anos de luta, de trabalho. Fiquei muito feliz com a homenagem, eu não esperava, é uma satisfação e emoção muito grande”. 

 

Dalva de Barros fez seu primeiro curso de desenho aos 23 anos, por correspondência, diversão que se dedicava nos tempos livres, quando tinha uma folga da escola rural que lecionava na região de Diamantino. Em 1966 foi convidada por Aline Figueiredo, que viu um quadro seu exposto em uma loja de tecidos, para participar de um concurso em Campo Grande com um quadro que retratava a lida no garimpo, universo que conhecia bem por ser filha de garimpeiro, e com o qual acabou conquistando o 3º lugar. A obra foi adquirida pelo diretor do Museu de Arte de São Paulo a pedido de Assis Chateaubriand. 

 

Em 1967, Dalva ganhou uma bolsa para o Rio de Janeiro, onde passou três anos fazendo curso livre de pintura na Escola Nacional de Belas Artes. De volta a Mato Grosso, em 1971, começou a trabalhar com artesanato, arte na qual se dedicou durante muitos anos e trabalhou na Casa do Artesão e secretaria estadual de Cultura, ensinado artesanato e pintura nas associações de bairros e nos presídios. 

 

A crítica de arte que a descobriu, Aline Figueiredo, destaca a relevância de Dalva para as artes plásticas brasileira, considerando-a uma das peças importantes para a descentralização artística, trazendo a arte para o interior do brasil. “Dalva é um grande talento que por meio de um realismo lúdico e ingênuo conseguiu registrar e transmitir Mato Grosso e Cuiabá nos anos de transformação, entre as década de 60 a 80. É uma artista de traços fortes, de uma verdade formidável com muito humor e sentido crítico em seu trabalho. É incrível esta homenagem a artistas vivos e devemos destacar essa sensibilidade por parte do governador e do secretário Leandro”. 

 

Muitas de suas obras mais importantes aconteceram dentro dos ateliês que coordenava. Entre 1976 e 1980 ela ficou responsável pelo Ateliê Livre, que funcionava dentro da Fundação Cultural do Estado. Também foi orientadora do Ateliê do Museu de Arte e de Cultura Popular da Universidade Federal de Mato Grosso, entre os anos de 1981 e 1996. Foi nos dois espaços que ela ajudou a formar uma série de artistas plásticos que escreveram sua história na cultura mato-grossense, como Adir Sodré, Gervane de Paula, Benedito Nunes, Dirce Nestor, Márcio Aurélio e Regina Pena. 

 

O olhar sensível foi a principal lição deixada por Dalva, segundo uma de suas pupilas, Regina Pena. “Ela foi uma grande mestra que com a grandeza do seu trabalho e com muita sensibilidade no olhar conseguiu demonstrar em suas telas a história de nosso Mato Grosso. O traço dela, o movimento, os detalhes da riqueza do trabalho são algo que impressiona. Eu aprendi com Dalva esse olhar sensível da cultura, da cidade, da vegetação, da natureza”, diz Regina que se dedica há mais de 40 anos as artes plásticas. 

 

Dalva 80 Anos 

 

A mostra sobre Dalva de Barros segue até dia 26 de fevereiro de 2016 e reúne obras de períodos distintos da carreira de Dalva de Barros, com o olhar simples e atento que retrata a cultura e história mato-grossense durante mais de 50 anos.

A exposição contará com a participação especial de alguns dos discípulos da artista plástica, que apresentarão cerca de 40 obras. A exposição inclui ainda um vídeo-documentário produzido para a ocasião, além de fotos, catálogos, croquis, objetos pessoais e de arquivo da artista. A curadoria é de Gervane de Paula, que foi um dos discípulos de Dalva na década de 70. 

 

Galeria de Artes Lava Pés

 

Com 350 metros quadrados de área, a Galeria de Artes Lava Pés está equipada para receber exposições nos mais variados suportes, de telas a esculturas e videoinstalações. Foram feitas melhorias no piso, paredes e janelas para oferecer o conforto adequado aos visitantes. O local, de acesso livre, oferecerá a população banners expostos na fachada do prédio, informando sobre as exposições em cartaz para um melhor acompanhamento da programação da galeria, que fica na avenida José Monteiro de Figueiredo (Lava Pés), 510, bairro Duque de Caxias, dentro da Secretaria Estadual de Cultura. O horário de funcionamento será de segunda a sexta-feira, das 8 às 18 horas, com entrada gratuita.

 

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