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Política Sábado, 02 de Julho de 2011, 23:53 - A | A

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Sábado, 02 de Julho de 2011, 23h:53 - A | A

FOGO AMIGO

Pagot é vítima de guerra interna do PR pelo controle do Ministério

VEJA isenta Alfredo Nascimento das denúncias, e informa que deputados reclamam de "centralização" do esquema por Valdemar da Costa Neto. Pagot diz que "não vou entrar no jogo do ministro", e anuncia coletiva para segunda-feira, em Bra

KLEBER LIMA / PAULO COELHO

 

Gustavo Miranda/O Globo
A presidente Dilma se despede da bancada de senadores do PR, após recebe-los em almoço, mês passado: guerra interna no partido produz escândalo no Governo

Luiz Antonio Pagot está sendo vítima do chamado “fogo amigo” de uma guerra surda, até essa semana, entre o deputado federal Valdemar Costa Neto e o ministro Alfredo Nascimento, ex e atual presidente do nacional do PR, pelo controle político e dos contratos do ministério dos Transportes e das empresas a ele subordinadas, como o Dnit (responsável pelas rodovias) e a Valec (que cuida das ferrovias), que juntas possuem um orçamento para 2011 de R$ 17,7 bilhões.

À reportagem de Hipernoticias, Pagot disse na noite deste sábado (02.07) que só vai falar na próxima segunda-feira, durante entrevista coletiva, em Brasília, sobre seu afastamento da presidência do Dnit, determinado hoje pelo ministro Alfredo Nascimento, que, segundo a revista VEJA, “acertou” a decisão com a própria presidente Dilma Roussef.

“Estou enfurecido, constrangido, não tenho nada a ver com Ministério dos Transportes... mas é só isso o que tenho para dizer agora. Na segunda-feira, numa coletiva, vou me posicionar sobre tudo isso... É só isso que vou falar agora, vou desligar, ok”, disse ele.

Antes de desligar, contudo, disse a frase reveladora do que está acontecendo: "Não vou aceitar esse jogo do ministro (Alfredo Nascimento)”, frisou e desligou.

A reportagem de VEJA isenta Nascimento de envolvimento ou até conhecimento dos esquemas de fraude em licitação e cobrança de propina envolvendo o seu ministério, especialmente o Dnit e a Valec, embora coloquem o PR como beneficiário e o deputado Valdemar da Costa Neto como chefe do esquema.

Em alguns trechos da reportagem de seis páginas da revista impressa, VEJA revela que há um descontentamento de parte dos parlamentares do PR pelo fato de todos os acertos de propinas serem feitos diretamente a um assessor de Costa Neto, e também que o parlamentar despacharia frequentemente de dentro de umas das salas do Dnit.

“Um parlamentar da direção do PR me disse que ele (Tito) agora é o caixa oficial. Não é mais para pagar nada diretamente a deputados ou senadores”, diz uma das fontes da revista.

Noutro trecho, a revista afirma que parlamentares do partido e alguns empresários chegaram a procurar um delegado da Polícia Federal para relatar o caso.

“No fim do ano passado um grupo formado por empresários e parlamentares do próprio PR procurou um delegado da Polícia Federal para denunciar o esquema. Não existem santos nessa história. ‘O Valdemar quer tudo pra ele’, criticou um parlamentar, pedindo anonimato”, publicou VEJA.

Ou seja: uma leitura mais detida da reportagem que gerou o afastamento da cúpula do ministério dos Transportes, incluindo Pagot, revela que o escândalo é resultado direto de uma briga interna do PR pela divisão do lucros políticos e financeiros da estrutura de poder do ministério dos Transportes, o que torna a lacônica frase de Pagot mais expressiva. E, considerando-se que Nascimento foi poupado e anunciou o afastamento assim que a revista circulou, não há como não suspeitar que ele tenha colaborado com as denúncias. Resta saber se a oposição dará a ele a mesma condescendência da revista.

"TODOS SABEM DISSO EM BRASÍLIA"

Um deputado federal mato-grossense de outro partido que não PR disse a Hipernoticias que “aquilo ali virou um esquemão do PR”, referindo-se ao Ministério dos Transportes, e acrescentou que “tudo isso aí é mesmo briga interna deles. O ministro deve estar querendo ter mais autonomia no ministério, já que tudo lá passa pelo crivo do Costa Neto”.

Já um assessor parlamentar ligado à bancada do PR admitiu a Hipernoticias que o problema é de fato interno. “O Pagot quase não assumiu o Dnit de volta porque o Alfredo Nascimento queria indicar um nome dele lá. O Ministro nunca engoliu o Pagot direito. Todo mundo em Brasília sabe que tem o PR do Valdemar e o PR do Alfredo, e pelo eito o Pagot está mais ligado ao Valdemar”.

O senador Blairo Maggi e os deputados Wellington Fagundes e Homero Pereira, todos da bancada do PR, foram procurados por Hipernoticias para comentar o assunto. Blairo e Homero não atenderam às ligações. Fagundes, que estava em trânsito de Rondonópolis para Pedra Preta, até tentou falar com a reportagem, mas as ligações cairam.

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Evalin Alves Salomãoe 04/07/2011

só pra acrescer um 'h' que engoli antes naquele mais feio 'ediondo' acima. N.R: Perdão por termos deixado passar, Evalin. Com certeza o lapso não foi só seu. Obrigado.

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jose gonzaga 03/07/2011

A corrupção não foi inventada agora mas o lula e a dilma deram uma dimensao institucionalizada. A quem essas noticias de corrupção surpreendem? Incompreensivelmente, temos a leniencia do MP, do judiciário e a imprensa se utiliza para vender silencio e publicar o nao negociado. Lástima.

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Evalin Alves Salomão 03/07/2011

É urgente que se estabeleça no país a Corrupção como crime ediondo e que cada praticante seja riscado em definitivo da vida política do país. Até que isso aconteça, cansaremos de escândalos assim e pior, sem que ninguém seja efetivamente punido, além de nós, com a perda do nosso rico e desprotegido dinheiro.

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Rubens Falcão 03/07/2011

Está errado o título da matéria, o correto era: Pagot é vitima da corrupção implantada por ele e seus asseclas no DNIT. O resto é retórica para tentar diminuir o tamanho do estrago que a exoneração por corrupção vai fazer no grupo político do Sen. Blairo.

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