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Cidades Quinta-feira, 29 de Setembro de 2011, 07:26 - A | A

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Quinta-feira, 29 de Setembro de 2011, 07h:26 - A | A

CAIXA-PRETA

Veja diálogo dos pilotos antes e depois do acidente; Procuradoria recorre das penas

Gravações provam que norte-americanos não sabiam alguns procedimentos do voo e depois do acidente, fizeram piadas

HÉRICA TEIXEIRA

Arquivo

A reportagem teve acesso aos diálogos dos pilotos do Legacy, Joseph Lepore e Jan Paladino, momentos antes da colisão com o Boeing da Gol. São quase duas horas de conversas. O Legacy decolou às 15h30, da cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo, rumo aos Estados Unidos

As primeiras conversas dos pilotos deixavam claro que os mesmos não sabiam o que estavam fazendo.

Piloto 1- Onde está o que nos dá o tempo total? Eu só quero ter certeza de que estamos indo na direção certa.
Ele tem que ser inicializado em algum lugar do teclado...
Piloto 2 – Eu tenho que ler o livro...

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Pilotos questionam localização de Manaus

Piloto 1- Então Manaus é uh, é ao Sul de lá, certo?
Piloto 2- Eu acho que é ao Sul.

Pilotos apresentam mais dificuldades

Piloto 1- Gostaria de encontrar a latitude/longitude nessa coisa
Um deles perguntam se mantém ou não ligado aparelhos da cabine
Piloto 1- Quer desligar isso ou deixa ligado
Piloto 2- Uuuuh... pode desligar, eu acho
Momento em que um dos pilotos diz que ia descansar...
Piloto 1- Eu vou tirar uma soneca (diz bocejando)
Piloto 2- Tudo bem

Vinte minutos depois piloto acordo, um minuto antes da colisão. O último diálogo entre os pilotos eles falam sobre a falta de comunicação com a torre.
Piloto 1- Eu tenho um problema aqui no rádio... Eu não pude entender o uh... Eu não peguei as duas últimas.

Ás 16h56 momento exato da colisão

No Legacy, começa diálogo nervoso na cabine
Piloto 1- Que diabos foi isso?
Piloto 2- Tudo bem, somente pilote o avião cara... Somente pilote o avião.

Pilotos norte-americanos ainda não sabem que atingiram um avião
Piloto 1- De onde ele veio?
Piloto 2- A gente bateu em alguém? Você viu aquilo? Você viu alguma coisa?
Piloto 1- Eu acho que vi alguma coisa.

Pilotos tentam desesperadamente manter-se no ar
Piloto 1- O que aconteceu?
Piloto 2- Ai meu Deus do céu...
Piloto 1- Calma, calma

Pilotos- Ai....

Causas do acidente

Uma das primeiras falhas dos pilotos do Legacy é que o transponder, que é o aparelho que aciona o TACS (sistema anticolisão) estava desligado. Este sistema permite que a aeronave seja avisada que está em rota de colisão. No entanto, não estava ativo no Legacy. Os pilotos só perceberam que estava desligado depois do choque com o avião da Gol.
Piloto 1- Cara, você está com o TCAS ligado?
Piloto 2- É, o TCAS está desligado...

Os pilotos deveria seguir a viagem até Brasília com altitude 370 (37 mil pés). Depois tinham que descer para 360 (36 mil pés). Neste instante, o avião da Gol passaria por cima do jato. No entanto, o Legacy realizou todo o percurso em altitude 370, a mesma utilizada pelo Boeing da Gol.

Ironias

Com o choque em aeronave, o Legacy teve que fazer um pouso de emergência e pousou na Serra do Cachimbo, no Pará. Mesmo com a tragédia já feita, os pilotos comemoraram ter conseguido realizar pouso.
Piloto 1- Bom trabalho, bom trabalho. Bem, nós estamos bem
Piloto 2- Nós estamos vivos
Piloto 1- Bom trabalho, bom trabalho (Os cinco passageiros aplaudem e sorriem).

Pilotos comentam sobre o avião

Piloto 2- Mas eu estou preocupado com o outro avião. Se nós batemos em outro avião, o que mais pode ter sido isso?
A trinta e sete mil pés... foi uma batida forte no que quer que tenha sido.
Piloto 1- Sem chance.

JULGAMENTOS

O primeiro processo do voo 1907 foi aberto em maio de 2007, após denúncia Ministério Público Federal. Na primeira instância, o juiz federal Murilo Mendes de Sinop (a 500 km ao Norte de Cuiabá), declarou os réus culpados e os condenou a quatro anos e quatro meses, mas substituiu a pena por prestação de serviços comunitários em uma entidade brasileira nos Estados Unidos. O processo agora está em segunda instância, no Tribunal Regional Federal (TRF), em Brasília.

Em julho deste ano, em Mato Grosso, o Ministério Público Federal (MPF) pediu correção das penas impostas pela Justiça Federal aos pilotos norte-americanos.

Para isso, a procuradora da República, Analícia Ortega Hartz, apresentou recursos que já ajuizou no Tribunal Regional Federal (TRF) contra a sentença aplicadas aos pilotos norte-americanos.

Dentre as “correções” que a procuradora propõe é de que a pena dos acusados pelo acidente passe de 4 anos e 4 meses para 5 anos e cinco meses. A alegação é pelo fato de que o controlador do voo e os pilotos expuseram o transporte aéreo ao perigo, violando regras técnicas da profissão. Neste caso a pena seria aumentada em 1/3 (um terço) por conta das 154 mortes e mais 1/3 porque o crime foi cometido por causa da violação das regras no exercício da profissão.

A procuradora da República disse que o aumento da pena é totalmente aceitável porque está contido do Código Penal. “A pena tem que ser proporcional ao acontecido. Lei está prevista no Código Penal e não pode ser analisado aos pedaços”, pontuou.

Outro fato que a procuradora fez questão de frisar é a litigância de má-fé por parte dos pilotos. Ela explica que a defesa deles sustentou por sete meses a importância da oitiva de uma testemunha de defesa. Não aceitava declarações por meio de escrita. No entanto, quando foi providenciado todos os trâmites para ouvir as testemunhas, a defesa dos pilotos voltou atrás e desistiu de que seria necessário ouvir. Juntaram-se ao processo as declarações escritas.

Para a procuradora, essa foi a maneira que a defesa encontrou de “atrapalhar” o andamento das investigações. “Eles têm que responder pela litigância de má-fé. Eles atrasaram o processo em sete meses e depois disse que não seria necessário as oitivas”, concluiu.

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