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Cidades Terça-feira, 15 de Agosto de 2017, 14:54 - A | A

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Terça-feira, 15 de Agosto de 2017, 14h:54 - A | A

SEM PARTOS E PEDIATRIA

Sem repasses financeiros, hospitais filantrópicos paralisam atividades

CAMILLA ZENI

Os hospitais filantrópicos de Cuiabá paralisaram atendimentos em determinados ambulatórios desta terça-feira (15) até sexta-feira (18). As unidades médicas alegam déficit de R$3,6 milhões e que não é possível continuar operando sem os repasses financeiros do Governo do Estado, que já anunciou o fim da benfeitoria.

 

Alan Cosme/HiperNoticias

HGU

 HGU paralisa atividades e não realiza partos até conversa com governo

Em entrevista à rádio Capital FM, a presidente Federação das Santas Casas e dos Hospitais Filantrópicos do Estado de Mato Grosso (Fehos-MT), Elizabeth Meurer, ressaltou que a paralisação é necessária em razão da falta de diálogo entre as unidades médicas e o governo estadual. “Eles insistem em dizer que não conversaram conosco, que não têm conhecimento, ou não pode passar. Cada dia é uma coisa que eles dizem”, pontuou.

 

Segundo a médica, a partir desta terça-feira, o Hospital Geral Universitário (HGU) já não recebe pacientes para realizar o parto. Com isso, as mães devem ser encaminhadas ao Hospital Santa Helena. A Santa Casa de Misericórdia também paralisa o atendimento a partir de hoje nos ambulatórios de pediatria e com leitos de retaguarda, isto é, as vagas para pacientes encaminhados do Pronto Socorro Municipal de Cuiabá.

 

Caso a situação não seja resolvida até sexta-feira (18), o Hospital Santa Helena também deverá encerrar suas atividades. “Na minha visão, essa consequência é gravíssima, porque nós estamos falando em 150 leitos nos hospitais, em torno de 1.040 atendimentos por dia, 144 leitos de UTI, 60 leitos de retaguarda. E os pacientes de parto terão que recorrer ao Santa Helena e serão atendidos somente enquanto tiver vaga”, destacou a médica.

 

Para dar conta da demanda, os hospitais fazem revezamento e se auxiliam. “O Hospital Geral vai ajudar o Santa Helena com medicamentos e insumos, porque eles também não têm condições”, informou.

 

Discussões

O debate é em torno de um acordo feito entre a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e os hospitais filantrópicos, ainda na gestão do ex-secretário Eduardo Bermudez, em que o governo se comprometeu a ajudar as unidades médicas, que trabalham com déficit de R$3,6 milhões mensais, somado cinco hospitais. Conforme a médica, o débito acontece porque os hospitais filantrópicos recebem de acordo com a tabela SUS e acabam tendo custo mais elevado do que arrecadam.

 

Segundo ela, o governo teria se comprometido a arcar com 69% do déficit, o que significou um repasse de R$2,5 milhões. “Ele passou por esses três meses e o combinado era de que, chegando nesse período agora, a gente sentaria para ver como seria o restante”, comentou.

 

No entanto, na última segunda-feira (7), o governo anunciou o fim do repasse aos hospitais filantrópicos e afirmou que não tem “obrigação legal” em efetuar o pagamento. “Dos pacientes, 50 a 65% dos pacientes que são atendidos hoje em cuiabá são do interior. É uma população muito grande e eu acho que nada mais justo que haja uma contrapartida do Estado”, manifestou a médica.

 

“Ele iria tentar aumentar [os repasses] de R$2,5 milhões para R$3,6 milhões agora em julho, agosto. Ele ia ver se viabilizava mais dinheiro. Isso foi um acordo verbal, de cavalheiros”, destacou a médica, ressaltando que o acordo firmado informalmente deveria ter sido mantido mesmo com a troca de secretários.

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