A reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) comunicou nesta terça-feira (15) que qualquer tipo de aumento nas refeições ofertadas pelo Restaurante Universitário está suspenso até dezembro deste ano. A decisão já foi encaminhada aos Comandos de Greve dos estudantes e Diretório Central dos Estudantes (DCE’s) de todos os campi. De acordo com a reitora Myrian Serra, o reajuste foi suspenso para que se possa garantir o amplo debate sobre o tema.
A notícia sobre a suspensão do aumento foi dada logo depois de uma Assembleia Geral realizada pela Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (ADUFMAT) para decidir a deflagração de greve dos professores da UFMT. Foram 47 votos favoráveis e 288 contrários à deflagração, considerando os campi de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Araguaia. No mesmo dia o Comando de Greve Estudantil aprovou a suspensão do calendário de graduação até que seja sanado o impasse sobre o reajuste do Restaurante Universitário (R.U).
De acordo com a assessoria da ADUFMAT, a questão mais urgente a ser tratada era sobre o R.U e o apoio ao movimento estudantil, além de chamar atenção para os demais cortes de gastos e ações propostas pela administração da universidade.
Uma das diretoras da ADUFMAT disse que a Associação vai continuar investido em um calendário de discussão sobre os orçamentos da UFMT. “O fato da gente ter perdido hoje a construção do estado de greve não significa, da nossa parte, o recuo. [..] São contratos que há um estranhamento com relação aos custos comparados aos anos anteriores em relação ao próprio R.U, quanto ao percentual de lucros. Se está privatizando a universidade através de contratos através de empresas privadas. Então a gente vai começar a discutir isso, para ver se os professores entendem o que está acontecendo e para que quando acordem não seja tarde demais”, diz Alair Silveira.
Também foi negado na assembleia o estado de greve, que seria manter um alerta da categoria para a qualquer momento deflagrar greve, por 141 votos favoráveis e 165 contrários.
Apesar da negativa, foi aprovada uma moção de apoio aos estudantes que se mobilizaram contra o aumento do R.U e solidariedade à estudante de direito Vitória Como, que foi citada na notificação de reintegração de posse.
No dia 8 de maio foi deflagrada a Greve Geral Estudantil e na última segunda-feira (14) o Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CONSEPE) decidiu suspender, por tempo indeterminado, o calendário acadêmico de graduação 2018/1 desde o dia 20 de abril de 2018.
A orientação do Conselho de ensino é para que os estudantes permaneçam no movimento e que denuncie qualquer tipo de repressão ou chantagem. Os docentes que aplicarem avaliação durante o período estarão sujeitos a penalidades, sendo possível processo administrativo.
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