Terça-feira, 23 de Abril de 2024
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png
dolar R$ 5,17
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

00:00:00

image
facebook001.png instagram001.png twitter001.png youtube001.png whatsapp001.png

00:00:00

image
dolar R$ 5,17
euro R$ 5,51
libra R$ 5,51

Brasil Sábado, 21 de Setembro de 2019, 09:43 - A | A

facebook instagram twitter youtube whatsapp

Sábado, 21 de Setembro de 2019, 09h:43 - A | A

SEM INTERESSE

ONU diz que Brasil não quis participar da cúpula do clima

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Enquanto as ruas das principais cidades do mundo são tomadas por manifestantes que pedem ações das autoridades globais em relação às mudanças climáticas, o Brasil ficará de fora da cúpula do clima organizada pela Organização das Nações Unidas (ONU) na semana que vem, nos Estados Unidos.

Drew Angerer / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AF / C

António Guterres

 Antonio Guterres

O jornal britânico de economia Financial Times disse em uma reportagem em sua versão online que o País não participará do evento porque não mostrou interesse, segundo o secretário-geral António Guterres.

De acordo com Guterres, todos os países que enviaram um comunicado à instituição contendo "desenvolvimentos positivos" sobre o tema teriam tempo para falar na cúpula de segunda-feira. "Ninguém foi recusado", disse ele. "Eles não apareceram." Reino Unido, China, Índia e União Europeia são alguns dos participantes já confirmados. O Brasil está fora assim como Japão, Austrália, Arábia Saudita e os Estados Unidos, que já afirmaram o interesse de se retirarem do acordo climático de Paris.

Nesta sexta-feira, lembrou o FT, mais de um milhão de manifestantes em todo o mundo pediram ações urgentes contra o aquecimento global. Os maiores protestos climáticos da história sobre o tema foram concluídos na véspera da cúpula e o que se espera é que, à medida que os líderes mundiais cheguem para a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, novos protestos ocorram.

A expectativa é a de que, no evento, sejam feitos mais de 60 novos anúncios climáticos. Os lançamentos, no entanto, competirão com outros assuntos que devem dominar o encontro, como as tensões globais, incluindo a guerra comercial entre EUA e China, e os conflitos no Oriente Médio.

"Estamos testemunhando simultaneamente o aquecimento global e o aquecimento político global, e as duas coisas são combinadas", disse Guterres. "E às vezes eles interagem entre si", acrescentou o secretário-geral, apontando como as mudanças climáticas podem exacerbar desastres naturais e conflitos humanos.

Sobre os protestos de sexta-feira, inclusive na Antártica, pedindo aos governos que tomem ações mais urgentes e reduzam as emissões, a ativista sueca de 16 anos Greta Thunberg, que inspirou o movimento de protesto, disse aos manifestantes de Nova York ontem que eles não eram apenas alguns jovens que faltam à escola ou alguns adultos não vão trabalhar.

"Somos uma onda de mudança", afirmou. "Se você pertence a esse pequeno grupo de pessoas que se sente ameaçado por nós, temos más notícias para você, porque este é apenas o começo. A mudança está chegando, gostem ou não", prometeu, como descreveu o FT.

A cúpula climática da ONU é o ponto mais alto de mais de um ano de trabalho de Guterres, que fez da mudança climática sua assinatura à frente da instituição. No entanto, ele também tentou diminuir ontem as expectativas sobre quais novos compromissos climáticos específicos serão feitos. "Não espero que os anúncios feitos agora sejam uma descrição já detalhada e completa - que será em 2020", disse. "A cúpula precisa ser vista em um continuum."

O próximo ano é o prazo final para os países que assinaram o acordo de Paris endureçam suas metas, conhecidas como contribuições determinadas nacionalmente. "O que gostaríamos de ver nesta cúpula são pessoas anunciando que gostariam de aumentar sua ambição em 2020", disse Guterres. O FT ressaltou que as temperaturas globais aumentaram cerca de 1°C desde a era pré-industrial e que as emissões globais de dióxido de carbono ainda estão subindo, principalmente devido à elevação na China.

Embora quase todos os países do mundo tenham assinado o acordo climático de Paris, que visa a limitar o aquecimento global a um nível bem abaixo de 2°C, os compromissos climáticos atuais sugerem que o mundo está muito longe de atingir esse objetivo, e no caminho de 3°C de aquecimento ou mais até o final do século.

(Com Agência Estado)

Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.

Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.

Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.

Comente esta notícia

Algo errado nesta matéria ?

Use este espaço apenas para a comunicação de erros