Segundo uma fonte do Planalto, há "risco pequeno" de a viagem ser cancelada, "mas ele existe". Bolsonaro teria manifestado uma pequena piora no quadro clínico nesta terça-feira, 17, segundo o mesmo assessor. Caso confirme a presença no evento, o presidente deve viajar ainda com pontos, em dieta pastosa e com uma série de outras restrições.
O porta-voz da Presidência da República, general Otávio Rêgo Barros, disse nesta terça que uma avaliação médica agendada para a sexta-feira, 20, será decisiva para confirmar se Bolsonaro poderá viajar. "Tudo indica, a recuperação do presidente é muito positiva, que ele (médico) dará a confirmação e nós embarcaremos", disse Rêgo Barros.
Auxiliares do presidente dizem que, caso o presidente não possa ir, o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, deve discursar representando o Brasil.
Algumas pessoas próximas ao presidente estariam pedido para a viagem ser cancelada. No Twitter, a deputada Carla Zambelli (PSL-SP) lançou campanha para Bolsonaro permanecer no Brasil. "Fique no Brasil, presidente. Cuide da recuperação da sua última cirurgia. Cuide de sua saúde. O Brasil precisa do senhor firme e forte!", escreveu a deputada.
Durante evento nesta terça-feira, 17, com parlamentares e ministros no Palácio da Alvorada para sanção da posse estendida de armas de fogo em áreas rurais, no início da tarde, o deputado Afonso Hamm (PP-RS) afirmou que Bolsonaro estava com "dificuldade" para falar e que os assessores demonstraram preocupação durante toda a cerimônia. Apesar disso, o presidente fez questão de sancionar a proposta, com a presença de representantes do Congresso. "Ele falou com muito esforço. Mas até fez brincadeiras", contou o deputado.
A reavaliação médica de Bolsonaro deve começar na manhã de sexta, no Hospital DF Star, em Brasília, por equipe comandada pelo médico Antonio Luiz Macedo. Segundo Rêgo Barros, o presidente apresenta "melhora clínica progressiva" e segue orientações sobre alimentação, fisioterapia, descanso e restrições de visitas e despachos.
Antes de discursar na abertura na abertura da Assembleia Geral da ONU, se a viagem for confirmada, Bolsonaro terá encontro com o secretário-geral da instituição, António Guterres, disse o porta-voz. Ainda segundo o general, não há previsão de outros encontros bilaterais do presidente, mas a agenda pode ser alterada.
A comitiva de Bolsonaro partirá de Brasília para Nova York às 20h do dia 23, caso se decida pela realização da viagem. O retorno ao Brasil está agendado para o dia 25, com escala em Dallas, no Texas, onde Bolsonaro deve se encontrar com empresários do setor de tecnologia. O Planalto não confirma quais ministros devem acompanhar Bolsonaro.
Uma delegação mais ampla do Brasil, mas sem o presidente, deve participar de 17 a 27 de setembro das atividades na ONU.
(Com Agência Estado)
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