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Brasil Quarta-feira, 17 de Julho de 2019, 18:10 - A | A

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Quarta-feira, 17 de Julho de 2019, 18h:10 - A | A

Acidente da Air France: Parentes de vítimas questionam exclusão da Airbus em ação

CONTEÚDO ESTADÃO
da Redação

Parentes de vítimas do acidente da Air France de 2009, quando um avião partiu do Rio com destino a Paris e caiu no meio do Atlântico, questionam a decisão da Procuradoria de Paris de requisitar um julgamento criminal à empresa Air France, mas não à fabricante da aeronave, a Airbus. Para Nelson Faria Marinho, presidente da associação que reúne os parentes das vítimas, "a Airbus também tem culpa no cartório", e também deveria ser levada a julgamento.

A Justiça francesa ainda não decidiu se acata o pedido do Ministério Público do país. A Procuradoria considera que a companhia aérea "foi negligente e imprudente" por não ter fornecido aos seus pilotos informações suficientes sobre o procedimento a ser adotado em caso de anomalias relacionadas às sondas que permitem controlar a velocidade da aeronave, após vários incidentes do mesmo tipo nos meses que antecederam o desastre, de acordo com a decisão de 12 de julho.

Por outro lado, a estimativa do órgão de acusação foi que não haja acusações fortes suficientes contra a fabricante da aeronave para um julgamento. Cabe agora aos juízes de instrução decidir se vão seguir essas requisições e ordenar um julgamento apenas para a companhia aérea.

O acidente ocorreu em 1º de junho de 2009. O avião transportava 228 pessoas. As investigações apontaram que, depois de uma falha nos aparelhos que indicavam altura e velocidade do avião, causada pelo congelamento de um instrumento que fazia essas medições, os pilotos aplicaram uma série de comandos equivocados na aeronave, o que resultou em sua queda.

Nelson Faria Marinho, que há dez anos pede que haja indiciamento criminal de pessoas responsáveis pela tragédia, afirma concordar com o indiciamento da companhia aérea. "A Air France tem sua responsabilidade, mas a Airbus também", afirma. Para ele, a companhia aérea falhou ao executar a manutenção da aeronave e treinar pilotos.

Entretanto, Marinho diz que, ao longo desse período, a associação ouviu pilotos, engenheiros e mecânicos que apontaram falhas no avião. "Não sou especialista", diz ele, "mas nosso representante técnico na França é piloto", diz.

Marinho afirmou esperar que o Ministério Público Federal também apresente uma denúncia criminal sobre o acidente. "Não é sobre dinheiro. A maioria das famílias já foi indenizada. É por Justiça. Quero que a verdade venha à tona."

O Estado procurou a Airbus para comentar o posicionamento da associação de vítimas, mas ela não se manifestou sobre o tema. Por meio de sua assessoria de imprensa do Brasil, a empresa informou apenas que "a Airbus não comenta as recomendações da procuradoria de Paris".

Já a Air France informou que foi informada da decisão dos procuradores e que pedirá o arquivamento do caso.

"A Air France confirmará seu pedido para que o caso seja arquivado quando apresentar seus comentários em resposta aos magistrados. É então de decisão exclusiva dos magistrados examinadores em saber se o processo de acusação deve ser levado perante o tribunal criminal", diz nota enviada pela assessoria da imprensa da empresa em São Paulo. (Com agências internacionais)

(Com Agência Estado)

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