Segundo as investigações, eles são integrantes da equipe de segurança da empresa contratada pelo evento de motos em que o empresário participava antes de ser morto.
Um dos suspeitos é o segurança Leandro Thallis. Ele é lutador de jiu-jitsu e tem passagem pela polícia por furto, associação criminosa, lesão corporal e ameaça. Thallis acabou sendo preso em flagrante nesta sexta-feira após a polícia encontrar 21 munições com ele. Ele pagou fiança e foi liberado.
Até a publicação deste texto, a reportagem buscou contato com a defesa do suspeito, mas sem sucesso.
Outros três seguranças também foram levados ao Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para prestar depoimento, mas permaneceram em silêncio por ordem dos advogados. O quinto segurança não foi localizado pela polícia.
Todas as buscas e apreensões foram realizadas na cidade de São Paulo. Os materiais apreendidos - celulares e notebooks - serão analisados pelos investigadores.
Conforme as investigações, a empresa encarregada da segurança do evento, ESC Fonseccas Segurança, entregou uma lista de seguranças que estavam presentes no dia do crime sem dois nomes - o empresário sumiu no dia 30 de maio, depois de participar de um encontro de motos sediado no autódromo, e foi encontrado dias depois.
"Estranhamente, duas pessoas não estavam na lista que a empresa forneceu, mas eles estavam trabalhando no dia", disse o delegado Nico. "A gente conseguiu uma lista que não bateu com a lista da empresa. Então, por isso, trouxemos o pessoal para cá e eles estão na condição de investigados", disse o secretário-executivo da Segurança Pública, Nico Gonçalves, em coletiva de imprensa nesta sexta.
A diretora do DHPP, Ivalda Aleixo, e o delegado responsável pela investigação, Rogério Thomaz, explicaram que essa ausência de nomes na lista motivou as buscas e apreensões. "Não dá pra atribuir ainda a autoria do crime a eles, mas estão em uma relação de suspeitos dos quais a gente acredita na participação de outras pessoas", disse Thomaz.
Os investigadores afirmam que a empresa de segurança foi orientada pela defesa a não se manifestar no momento, até ter conhecimento de mais detalhes do inquérito. A reportagem tenta contato com a defesa da ESC Fonseccas Segurança.
O nome do Leandro Thallis era um dos que não estavam na lista, segundo a equipe. Ele ocupava um cargo de comando na equipe da segurança.
A principal linha de investigação é de que Adalberto tenha cortado caminho no kartódromo de Interlagos para chegar ao local onde o seu carro estava estacionado. No caminho, ele teria se envolvido em uma briga com algum segurança do local, foi asfixiado por meio de um mata-leão e, possivelmente com ajuda de mais funcionários, foi jogado no buraco.
Conforme a delegada Ivalda Aleixo, a hipótese é de que Adalberto não tenha sequer chegado ao seu carro no dia do crime.
Os investigadores também afirmaram que o sangue encontrado no carro de Adalberto é de uma mulher, mas os exames apontam que não era da esposa do empresário.
"Por enquanto só foi uma medida de busca. A gente vai fazer uma análise do material eletrônico apreendido e, agora, a investigação vai seguir de forma técnica para comprovar quem são os autores e quais as participações de cada um", acrescentou o delegado Rogério Thomaz.
(Com Agência Estado)
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