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Artigos Quinta-feira, 16 de Maio de 2019, 08:35 - A | A

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Quinta-feira, 16 de Maio de 2019, 08h:35 - A | A

DUMARA VOLPATO

O lugar de Filho

DUMARA VOLPATO*

Divulgação

Dumara Volpato


Como é a sua relação com seus pais? Você se considera um bom filho? Já se perguntou o que de fato seus pais esperam de você? Hoje conversaremos um pouquinho mais a respeito desse assunto.

Todos nós temos algo em comum, viemos à Vida pela força de nossos pais. Todos somos filhos e esse é o primeiro lugar que ocupamos quando chegamos a esse planeta. Às vezes, ponho-me a refletir sobre como é esse lugar e como devo me comportar para que eu possa honrar meus pais.

O lugar de filho traz para nós privilégios, recebemos de nossos pais a dádiva da Vida e, gratuitamente, todos os cuidados necessários para nosso desenvolvimento e crescimento. Segundo a visão sistêmica, encontramos aqui uma das dinâmicas que existe nesse relacionamento: Os pais dão e os filhos recebem.  

O que isso significa? Isso quer dizer que tudo o que recebemos nos é permitido pela graça de estarmos vivos. Pela dádiva da Vida, a qual ganhamos de nossos pais, é que tudo nos é possível. Quando percebemos o valor desse presente e somos gratos por isso, começamos a aprender a receber verdadeiramente de nossos pais e a nos colocar no lugar de filhos.

Há pessoas que mesmo na fase adulta não aprenderam a receber, sim, estou falando daquelas pessoas que se sentem envergonhadas quando são elogiadas ou simplesmente não aceitam ser elogiadas,  não aceitam ganhar presentes, reconhecimento, amor e carinho. Esse comportamento geralmente está ligado ao fato de que elas ainda não tomaram seus pais tal como são, não conseguiram ainda receber seus pais na totalidade. Pois, para aprendermos a receber verdadeiramente de nossos pais, precisamos aceita-los como são, aceitar o movimento que os levou a nos conceber, como foi. Aceitar e acolher a história de nossos pais da forma com que ela aconteceu, nos permite aceitar a nós mesmos e receber os movimentos da vida da forma que eles nos chegam, sem vergonha e sem resistência.

Outra dinâmica que existe nessa relação é a hierarquia, aqui a visão sistêmica nos ensina que os pais são grandes e os filhos são pequenos. Os pais são grandes, pois chegaram primeiro à Vida. Inicialmente eles se encontraram para que os filhos viessem, então, primeiro vem o amor que uniu esses pais, ainda que por um instante, para que dessa união a Vida seguisse adiante através dos filhos. Como se fosse uma linha do tempo, a Vida vem de longe, do antes para o depois, dos maiores para os menores, dos pais para os filhos.  

Quando aprendemos a reconhecer essa hierarquia, não encontramos dificuldades em obedecer à ordens na escola com os professores e no trabalho com a chefia. Adotamos, assim, uma postura de humildade, mas isso não significa que devemos obedecer cegamente nossos pais. Significa que devemos ter uma postura interna de respeito com a opinião deles e dentro desse respeito fazer um pouquinho diferente, porém, não porque achamos que sabemos fazer melhor, ou pior, será apenas uma conduta diferente, para que o resultado também seja diferente. Sem julgamento com o que eles fizeram.

Quando nascemos, a vida nos dá oportunidades de aprendizados, como se fossem níveis de desenvolvimento, nos oferecendo lugares para que possamos desempenhar certas funções e aprender a  amar. A primeira oportunidade é ser filho, depois ser marido ou esposa, depois Pai, avós e etc... E qual a importância de nos colocarmos nesse lugar de filho? Inicialmente, precisamos encontrar nosso lugar na família para depois encontramos nosso lugar no mundo. Quando reconhecemos esses lugares, quais seus valores e aprendizados, começamos a encontrar o nosso lugar e somente no nosso lugar podemos desenvolver aquilo que nos é destinado, encontramos a nossa profissão, o nosso parceiro e o que nos completa.

Quando nos colocamos pequenos diante de nossos pais, com essa postura de agradecimento, reconhecimento, humildade, aceitação e acolhimento, nós ficamos grandes diante da Vida e de nossos filhos. Podemos acessar toda a experiência, os talentos e conhecimento que nos acompanham através da história de nossos pais, para que possamos caminhar pela Vida com mais fluidez e assertividade.  

Bert Helinger diz: “... Quem agradece, honra o que lhe foi dado, e simultaneamente, honra aqueles que lhe presentearam. Assim, o agradecimento engrandece a todos: a mim, a dádiva e ao doador”.

(*) DUMARA VOLPATO é advogada e Terapeuta em Constelação Familiar  com Curso em Hellinger Sciencia pelo Instituto Hellinger do Brasil; Formação em Constelação Familiar pelo Instituto CreSer de Campo Grande – MS; Curso de Aprofundamento em Novas Constelações e Curso de Análise Transacional pelo Instituto de Constelações Familiares Brigitte Champetier; e Praticante Profissional de Cura Reconectiva e Reconexão, pelo The Reconection, Califórnia – EUA. E-mail: [email protected]

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